Prefeito de Riacho de Santana desviou mais de 100 milhões segundo PF

operacao-pf-66Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (5), a Polícia Federal em Vitória da Conquista detalhou a Operação Imperador, que acabou com um esquema de desvio de verba na prefeitura de Riacho de Santana, na região Sudoeste da Bahia.

 

As investigações apontam que atual prefeito do município, Tito Eugênio Cardoso de Castro, é suspeito de chefiar uma quadrilha que fraudava contratos de transporte escolar. O chefe da Controladoria Geral da União (CGU) na Bahia, Adilmar Gregorini revelou que as investigações começaram a partir da denúncia apresentada por vereadores daquele município ao Ministério Público Federal, que transferiu o caso para a CGU. “O Ministério Público nos comunicou da denúncia e então passamos a investigar. Então percebemos diversas irregularidades nas licitações, como alto valor para a retirada de documentos e excesso de exigências. Para se ter uma ideia, eles pediam que a empresa proponente tivesse pelo menos 50 por cento da frota em seu patrimônio, o que totaliza 10 veículos. Então, a empresa liga ao prefeito tomou os veículos na forma de empréstimo e depois os devolveu. Por fim, ele contrataram veículos e motoristas que já prestavam serviço em outra gestões para fazer o transporte dos estudantes”, afirmou. De acordo com o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Kolbe, o prefeito Tito Eugênio abriu empresas fraudulentas, em nome de laranjas, e colocou na administração parentes ou pessoas de sua confiança, como o ex-chefe de gabinete. “Eles comandavam toda a operação de transporte escolar na cidade e recebiam um valor muito maior do que era repassado aos motoristas, o restante era desviado para proveito próprio. A gente conseguiu detectar que ao longo desses anos, essas empresas todas movimentaram mais de 100 milhões de reais”. Ainda segundo a PF, parte dos recursos desviados, foi utilizado para pagar dívida de campanha. “Ele precisava, a partir do ingresso no cargo público, fraudar licitações para fraudar licitações [e pagar as despesas da campanha]”, afirmou o delegado. Após as prisões, o prefeito e outros envolvidos foram encaminhados para o presídio Lemos de Brito, em Salvador. Todos foram afastados das atividades públicas.

 

Fonte: Sudoeste Bahia

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