A responsabilidade e o prazer de ser farmacêutico

Por Felipe Bittencourt

12523900_827119374067516_7253992732820117262_nNa história da humanidade a busca pelo remédio ideal é um ato tão antigo quanto a própria doença.

Através das experimentações, do acerto e do erro, seja com os curandeiros do antigo Egito ou com os pajés dos índios Pataxós, nas milenares práticas Chinesas, Incas ou Maias, na Medicina Racional desenvolvida por Hipócrates ou nas experimentações de Galeno, na exatidão química de Paracelso ou na filosofia Homeopática de Hahnemann um profissional estava disposto a analisar a doença e desenvolver um remédio ideal para buscar a cura dos enfermos. Durante muitos séculos esse papel era de uma só pessoa, mas com os avanços tecnológicos e científicos o ato de atender e cuidar tornou-se gradativamente incompatível com o tempo necessário para produzir complexos medicamentos. Assim quem detinha mais perfil com a análise das doenças foi intitulado Médico e quem tinha o dom em produzir medicamentos foi chamado de Farmacêutico.

Nesse sintético apanhado histórico podemos observar a grande e relevante importância da profissão farmacêutica no desenvolvimento da saúde no mundo. Começaram produzindo medicamentos, estudando os elementos da natureza, experimentando substâncias e novas formas de obtenção de fármacos, mas como já sabemos, os avanços tecnológicos não pararam de nos encantar e principalmente no século XX o Farmacêutico foi assumindo outros papéis no processo de cuidar, como por exemplo: aprofundou-se nas Análises Clínicas e no desenvolvimento de exames laboratoriais com o intuito de colaborar com a busca pela exatidão do diagnostico dos pacientes e ainda buscou ativo envolvimento nas Análises dos Alimentos zelando, também desta forma, pela manutenção da saúde da população.

Ainda não satisfeito com tantas responsabilidades e ávido por mais conhecimentos o Farmacêutico viu que poderia contribuir ainda mais com a humanidade e inspirado pelas palavras do nosso maravilhoso escritor Monteiro Lobato “O lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: servir” buscou novas áreas de atuação e hoje podemos destacar inúmeras possibilidades profissionais: o desenvolvimento de cosméticos e produtos para higiene pessoal em indústrias e farmácias de manipulação, análise de material biológico para detectar doenças causadas por agentes infecciosos ou intoxicação, controle da qualidade da água, do solo e do ar, análises laboratoriais envolvendo técnicas de biologia molecular, em exames como o de paternidade, atuar no desenvolvimento específico de produtos e medicamentos veterinários, ajudar a solucionar crimes através das análises desenvolvidas nas práticas de toxicologia forense, realizar procedimentos estéticos em busca da beleza e maior qualidade de vida dos pacientes, dentre tantas outras áreas já catalogadas e descritas pelo Conselho Federal de Farmácia (mais de 75 áreas de atuação).

Então, como foi dito, ser um Farmacêutico é um grande sonho e desafio profissional escolhido por inúmeras pessoas durante séculos e as atuais possibilidades de atuação profissional alimentam ainda mais a esperança e o sonho de ser um profissional de sucesso nessa área. São cinco anos de dedicação e estudo, de experiências práticas e a busca incessante pelo aprimoramento dos cuidados com o paciente, de aprendizado sobre as doenças e políticas públicas brasileiras, de reproduções e reinvenções das técnicas para finalmente vestir a armadura, o jaleco, e de diversas formas servir e zelar, assim como foi no começo, agora e sempre por todos que necessitam de cuidados e do medicamento.

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