Vacina contra o HIV imuniza mais de 50% dos macacos em testes

Baseada em uma vacina da Tailândia contra o HIV já testada em seres humanos, um grupo do Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos, conseguiu ampliar os resultados e imunizar 55% dos macacos durante os testes. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (8) na revista “Nature”.

Foram adicionadas três cepas do vírus à vacina durante a pesquisa, formando um total de cinco. “O tipo de vacina testado na pesquisa tailandesa, conhecido como RV144, teve eficácia em 31% dos pacientes e foi o único tipo de vacina contra o HIV em investigação que demonstrou proteção, mesmo que modesta, contra a infecção”, disse Barton F. Maynes, diretor da Universidade Duke e autor da pesquisa.

A vacina tailandesa foi usada como base e as cepas adicionadas já haviam provocado respostas de anticorpos. “Esses anticorpos foram bastante fáceis de induzir”, disse Haynes. Ao adicionar esses outros três alvos do vírus, os pesquisadores melhoraram a eficiência da imunização.

Paciente curado

Em outubro do ano passado, pesquisadores do Reino Unido conseguiram a cura de um paciente portador de HIV. Ele usou uma combinação de medicamentos que erradicou o vírus, em poucas semanas.

Pesquisadores de cinco universidades do Reino Unido conduziram os estudos. Uma vacina ajuda o corpo a reconhecer as células infectadas com o HIV e uma droga ativa as células adormecidas. A ideia é dar ao sistema imunológico as ferramentas necessárias para o combate à doença.

De qualquer forma, eles admitiram que ainda é cedo para afirmar que a cura da Aids foi descoberta. Os cientistas falam, por enquanto, em “cura temporária”, com outro tipo de tratamento. Houve um sucesso inicial, mas depois de um tempo a pessoa voltou a apresentar o vírus. Por isso, o paciente, que não foi identificado, está sendo acompanhado por alguns anos até que essa cura seja considerada definitiva.

Vale lembrar que já existe um caso de cura definitiva. O tratamento envolveu transplante de medula óssea, mutação genética. A questão é que seria difícil replicar o método em um grande número de pessoas.

Fonte: G1

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