57% dos usuários de cartão de crédito não fazem controle efetivo dos gastos.

Número de consumidores brasileiros que usam cartão cai de 70% para 61% em um ano; 59% desconhecem juros e 47% evitam frequentar lugares que não aceitam o ‘dinheiro de plástico’.

Ter um cartão de crédito é sinônimo de comodidade e poder comprar a qualquer hora, mas sem um mínimo de disciplina e organização, o bolso do consumidor pode sofrer sérios abalos. Um estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país revela que 57% dos usuários de cartão de crédito não controlam de maneira adequada os gastos realizados com esse meio de pagamento. As atitudes mais comuns são consultar pela internet a fatura antes do fechamento (28%), ler a fatura quando ela já está fechada (15%) e fazer o controle de cabeça (13%). Os que não fazem qualquer controle são 1%.

O controle total e sistemático dos gastos no cartão de crédito é tarefa feita por 38% dos usuários, sendo que 21% anotam os gastos no papel, 11% utilizam planilhas e 6% registram as compras em aplicativos no celular.

“O cartão de crédito é tratado por muitos como o vilão do orçamento, mas pode ser um aliado do consumidor que souber utiliza-lo adequadamente. É fácil tirar o cartão do bolso e pagar uma despesa. Porém, se não houver disciplina, mais fácil ainda é perder a noção do quanto foi gasto e ultrapassar os limites do orçamento. O controle financeiro é fundamental para evitar esse tipo de problema”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Juros é o maior temor dos usuários de cartão, mas 59% desconhecem as taxas cobradas quando há atraso

O levantamento revela ainda um comportamento negligente do consumidor. Em um ano, cresceu o percentual de usuários de cartão de crédito que não sabem a taxa de juros cobradas quando se atrasa o pagamento da fatura. Em 2016, 55% dos adeptos da modalidade desconheciam os valores. Hoje, são 59% que ignoram o custo do atraso – especialmente as mulheres (66%), os mais jovens (70%) e os que de mais baixa renda (62%). No geral, quatro em cada dez (38%) entrevistados já ficaram, em algum momento, com o nome sujo por não pagarem a fatura do cartão de crédito e 11% estão atualmente com alguma parcela em atraso. …Leia na íntegra

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