Motorista de Uber é preso cometendo assaltos em Salvador e confessa passagens na polícia

Um homem de prenome Madison foi preso na última segunda-feira (23) acusado de praticar assaltos utilizando veículo cadastrado no serviço de transporte por aplicativo Uber. Após ser preso por policiais militares, o motorista Uber foi apresentado na Central de Flagrantes da Avenida Antonio Carlos Magalhães e posteriormente encaminhado ao sistema prisional.

Em um vídeo, Madison afirma que tem passagem por crimes de roubo e receptação e atualmente trabalhava com Uber. Ao ser questionado pela pessoa que grava o vídeo sobre os critérios exigidos pelos responsáveis pelo Uber para ele ser cadastrado no serviço, o assaltante disse que “foi verificado os antecedentes criminais, mas a consulta não acusou restrições, pois ele não chegou a ser sentenciado por nenhuma das infrações”.

O BNews tentou contato com os responsáveis pelo serviço de transporte por aplicativo Uber e não teve as ligações atendidas. Em contato com o Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativa do Estado da Bahia (SMATTER), a reportagem foi informada que existem critérios para se cadastrar no serviço.

Segundo Tarcísio Borges, chefe do setor de comunicação do SMATTER, os candidatos a motoristas da Uber têm que passar critérios rígidos. “Nosso sindicato não compactua de nenhuma prática ilícita. Acreditamos no diferencial da categoria, que é a segurança, preço justo e excelência nos serviços prestados. Para ser membro do sindicato, estes motoristas têm que passar por critérios rígidos do nosso sindicato, a exemplo da apresentação de todos os documentos, como foto 3×4, comprovante de residência, antecedentes criminais, entre outros”, afirma Tarcísio Borges chefe do setor de comunicação do sindicato.

 

Já Claudio Sena, diretor de comunicação institucional dos motoristas da Uber em Salvador sustenta que existem critérios de avaliação para a segurança do serviço para os usuários e orienta a população. “A Uber tem seu processo de filtragem e a própria empresa faz a consulta dos antecedentes. É muito provável que o indivíduo tenha ingressado com uma fraude”, comentou Claudio se referindo a Madison.

Ainda conforme Claudio, um golpe está sendo apurado pela Uber. “Muitas pessoas estão dirigindo sem ter cadastro na Uber. Já identificamos a seguinte prática: a pessoa faz o cadastro após ser aprovado, ele entrega o carro para outra pessoa dirigir sem comunicar a Uber. Os clientes devem sempre conferir, se modelo, placa do veículo, nome e foto do motorista estão condizentes com o que está no aplicativo. Caso haja divergência nestas informações, o usuário do serviço deve evitar pegar esse carro e através do aplicativo imediatamente reportar a Uber”, orienta.

Os candidatos a motorista da Uber, segundo Claudio, devem apresentar documentos como o comprovante de residência, RG, CPF, entre outros que terão seus dados cruzados com os da Receita Federal e Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Ainda conforme Claudio, somente após a análise desses dados é que o cadastro é aprovado.

O diretor de comunicação que representa os motoristas destacou que “os cuidados são suficientes e podem ser aprimorados e estão constantemente sendo aprimorados”. Ele também comentou que sobre o caso de Madison, “é preciso checar e fazer um levantamento se ele estava de fato cadastrado no aplicativo e caso tenha sido cadastrado, verificar como foi aprovado esse cadastro”, sugere.

 

 

Fonte: Bocão News

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