Fundação Esaú Matos: pesquisas sobre doenças crônicas ganham reconhecimento nacional e internacional

Certamente, você conhece alguém que tenha diabetes, hipertensão ou depressão. Mas o que essas doenças têm em comum? De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 72% das mortes no Brasil são causadas por elas, as chamadas Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). A existência de tais doenças é atribuída ao estresse de uma rotina agitada, à pouca prática de exercícios físicos, ao baixo consumo de alimentos saudáveis, uso abusivo de álcool e excesso de peso.

Com o objetivo de combater essas doenças e reduzir o risco de morte, a Fundação de Saúde Esaú Matos produziu e publicou 20 artigos no ano de 2017 sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). Os artigos analisam a realidade de Vitória da Conquista no combate a essas doenças, e ganharam reconhecimento nacional e internacional.

Cerca de 1600 pacientes foram entrevistados durante um período de nove meses. O projeto, intitulado ‘’Perfil Epidemiológico de Doenças Crônicas de Vitória da Conquista’’, contou com estudantes de enfermagem, fisioterapia, medicina, farmácia, nutrição e engenharia da computação. Leilane Trindade, estudante do curso de Farmácia, foi uma das pesquisadoras: “Participar de um projeto de pesquisa desse porte foi de grande importância e aprendizado. Pude acrescentar conhecimentos além da minha área de trabalho, e ter contato com um vasto campo da pesquisa, ampliando minha vida acadêmica’’, concluiu.

Outro participante do projeto é o estudante de nutrição, Matheus Lemos Silva, que está satisfeito por ajudar a saúde do nosso município: “Participar do projeto tem sido uma experiência maravilhosa, porque posso colocar em prática o que aprendi na graduação, aprimorar o conteúdo estudado e conhecer novos conceitos, novas formas de contribuir para que a saúde da população melhore”, declarou.

Para o coordenador de Ensino e Pesquisa da Fundação, Stênio Duarte, a pesquisa busca compreender a realidade dos pacientes internados para, assim, facilitar um bom atendimento e aumentar as chances de cura. “A pesquisa quer diminuir o custo do SUS. É possível fazer procedimentos, diagnósticos com custos mais baratos e evitar que as pessoas fiquem doentes ou sejam internadas. O essencial é entender as pequenas causas que levam a pessoa a adquirir essas doenças, como fatores ambientais, genéticos, fisiológicos, entre outros”.

Felipe Bittencourt, diretor-geral da Fundação de Saúde Esaú Matos, ressalta a importância das pesquisas na arrecadação de investimentos para o hospital. “O reconhecimento aumenta a visibilidade da instituição. Com mais visibilidade, é possível buscar fomento externo para financiar novas pesquisas, melhorar a infraestrutura do hospital ou a qualificação técnica dos funcionários. Abrir a cabeça para a pesquisa é abrir a cabeça para um mundo bem mais amplo de possibilidades dentro do hospital, como novas pós-graduações ou cursos de aperfeiçoamento”, destacou.

A Fundação de Saúde Esaú Matos é responsável por atender cerca de 76 municípios da região. Ao investir em pesquisa, investe também em uma melhor saúde para a população de todos esses municípios, incluindo Vitória da Conquista.

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