AÉCIO NEVES REPRESENTA O FIM DOS CHUPINS DA BURGUESIA

Aécio Neves era surfista no Rio, entre os 17 e 21 anos de idade, mas recebia salário como secretário do gabinete de seu pai, o deputado federal Aécio Cunha, sem nunca aparecer em Brasília. Aluno preguiçoso, só era aprovado com notas medíocres obtidas nas pescas dos colegas.

Sua mãe, Inês Neves, filha de Tancredo Neves, também é uma vampira. Largou o marido e os filhos para acasalar-se com Gilberto Faria, dono do Banco Bandeirantes, depois Unibanco – hoje Itaú Unibanco. Gilberto morreu há dez anos, e Inês herdou uma bela grana, mas já torrou quase tudo.
Em 1986, aos 26 anos, Aécio elegeu-se deputado federal pelo estado de Minas Gerais – o seu primeiro “trabalho”. Gostou tanto da moleza, das facilidades, que exerceu o cargo até o ano de2002, em quatro mandatos consecutivos, chegando a presidir a Câmara Federal (2001/2002).
Depois governou Minas Gerais, entre 2003 e 2010, mantendo com o então presidente Lula uma relação

pacífica, mineira, de “bom moço”, visto que sempre gostou do mole, da vida fácil, do surfe. Enfim, tornou-se senador em 2010, sendo que o seu mandato acaba daqui a oito meses, em dezembro próximo.

E o seu futuro político?
Bem, Aécio Neves candidatou-se recentemente ao “cargo” de padrinho da sala de sua filha, numa escola bilíngue de Brasília (mensalidade de R$ 4 mil), onde os pais elegeriam um colaborador responsável em aproximar as famílias da instituição. Resultado: o senador mineiro perdeu a eleição.
Sem dúvida, Aécio representa o fim dos chupins burgueses, ou melhor, o adeus de um jeito de ser da classe média alta brasileira – o dinheiro fácil, a vida vadia, enfim, o pior dos conceitos que se pode abstrair sobre o parasitismo social –, mas que também existe nas classes inferiores.
Para quem não sabe, o chupim é um passarinho muito bonito (foto abaixo), de cor azul-violeta, canto lindo, mas que coloca os seus ovos no ninho de outras aves, para que essas possam chocá-los, criá-los e alimentá-los como se fossem seus filhotes. Minas Gerais é o estado onde ele mais existe – o paraíso dos chupins.
Sua maior vítima é o tico-tico, passarinho de cor amarronzada, e muito dócil. No município de Viçosa, no sul de Minas Gerais, um estudo da universidade federal local indicou que 75% dos ninhos de tico-tico foram parasitados por “molothrus bonariensis” – o nome científico do chupim.
Mas já foram catalogadas mais de 200 espécies de aves cujos ninhos foram alvos do “molothrus bonariensis”. Desse total, nada menos do que 58 espécies foram observadas cuidando de filhotes do chupim. Quanto às demais, os ninhos foram abandonados ou os ovos dos parasitas não obtiveram sucesso.
Veja no vídeo do primeiro comentário abaixo, que o chupim coloca os seus ovos no ninho do tico-tico, e os seus filhotes, que são bem maiores, pegam a comida com maior facilidade. E eles continuam acompanhando a mãe adotiva até quase a fase adulta. Em razão disso, o chupim ganhou os apelidos de “aproveitador”, “parasita” e “vira-bosta”.
Enfim, foi num vira-bosta que 51 milhões de brasileiros votaram em 2014. Ainda bem que hoje ele não vence eleição nem para padrinho da sala da filha. Mas não se engane: esse parasita ainda vai pedir um dinheiro aqui, outro acolá, para o resto da sua vida, até porque para ele trabalho é sinônimo de surfe.
O problema mesmo ficou para a burguesia preguiçosa, totalmente desesperada, visto que não avista um só chupim para representá-la na próxima década. É o seu fim, insofismavelmente. Sem dúvida, a direita está, na melhor das hipóteses, tão atordoada e sem norte quanto a esquerda brasileira.
O importante nisso tudo, porém, é que, tanto na direita, quanto na esquerda (e no centro), o “jeitinho preguiçoso de ser” está dando seus últimos adeuses. Da minha caravela, sempre no mar – navegar é preciso, viver não –, o país que eu avisto só prestigiará quem estuda e trabalha. E quem viver, precisará!
Fonte: Itapetinga Agora
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