COFRINHO – Falta de moedas afeta comércio de Conquista

Sabe aquele costume de juntar moedas e usá-las apenas quando atingir um valor desejado? Isso pode ser uma das causas da falta de circulação de moedas na maioria dos estabelecimentos da cidade. No ano passado, o Banco Central lançou uma campanha para incentivar a população a tirar as moedas dos cofrinhos e gavetas.

Segundo o Banco, a produção de moedas foi reduzida e hoje existem cerca de 24,8 bilhões de unidades em circulação, mais de R$ 6 bilhões em valor e cerca de R$ 30 em moedas por pessoa.

Mas apesar da campanha, o problema de faltas de moeda continua, pelo menos na cidade. A redação do Sudoeste Digital conversou com alguns comerciantes que relataram dificuldades para, por exemplo, dar troco aos clientes.

Para Edvan Oliveira Filho, dono de uma lanchonete há anos, as moedas que mais estão em falta no estabelecimento são de R$ 0,25, R$ 0,50 e R$ 1. “Acho que o pessoal está gastando muito em lotéricas e supermercados, mas também tem muita gente que eu conheço que está guardando moedas para trocar no fim do ano ou para viajar”, disse Oliveira.

Mas as lotéricas e supermercados também disputam as moedinhas. Até mesmo cartazes solicitando aos clientes que desapeguem das moedas são colocados em locais estratégicos nesses pontos. “Sem moedas o troco fica dificultado”, garante a atendente Márcia Lorena Silva. Nos ônibus, cuja passagem é R$3,30, o problema não é menor quando o assunto é a falta de moedas.

Juliano Gomes, que produz e vende queijos na feirinha conta que já chegou a alterar os valores dos produtos para facilitar o troco dos clientes. “Não temos nada de moeda, ninguém aqui na feira tem. Eu coloco só preços redondos para facilitar, mas mesmo assim preciso correr atrás de troco às vezes”, afirmou.

CAMPANHA

A padaria Pães & Cia, na zona leste, pensou em uma forma criativa para atrair clientes com moedas. O estabelecimento recebe o valor em trocados e paga, em notas, 2% a mais. “Tem menos de um ano que estamos fazendo isso e todo dia vem alguém trocar. Já recebemos até R$ 2 mil em moedas, mas a maioria traz R$ 200. Em um dia isso já acaba em troco”, afirmou uma das atendentes.

Diferentemente de muitos estabelecimentos, as bancas de revistas quase nunca ficam sem moedas graças a venda de figurinhas. “Não sentimos falta de moedas porque vendemos figurinhas o ano todo, e o valor costuma ser mais baixo que outros produtos. Agora, com a venda do álbum da Copa do Mundo, está sobrando moedas no nosso caixa”, disse um dos proprietários de estabelecimento desse tipo, no centro.

Mesmo que o serviço de Zona Azul aceite pagamentos por cartões de crédito e débito, cartão recarregável e por um aplicativo para smartphones e tablets, cerca de 45% dos usuários ainda quitam as tarifas com moedas. Funcionários que trabalham no centro da cidade afirmam que trocam as notas dos usuários para que eles paguem o estacionamento, e quando falta moeda, vão em estabelecimentos próximos para conseguirem troco.

 

 

Fonte: TV Sudoeste Digital

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