Secretaria Nacional decreta situação de emergência e Prefeitura trabalha para diminuir efeitos da seca

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) decretou situação de emergência em Vitória da Conquista e outros 28 municípios do sudoeste baiano por consequência da longa estiagem deste ano. A cidade, localizada na região semiárida do estado, tem sua zona rural como área mais prejudicada pela falta de chuva. Entretanto, a Prefeitura Municipal já está atuando para diminuir os efeitos da seca.

 

O coordenador municipal da Defesa Civil, Ubaldino Figueiredo, revela que a situação dos distritos e povoados é preocupante. “O grande problema é a falta de estrutura dessas regiões para o abastecimento de água potável. Em algumas localidades, como Bate Pé e Cercadinho, a escassez é absoluta. Em outras, como São Mateus e Serra da Bela Vista, por exemplo, há poços, mas a água é salobra, o que impossibilita o uso doméstico”, relata o coordenador.

Segundo Ubaldino, para efeitos de comparação, em localidades como a de Olho D’água dos Monteiros, houve, em média, 53 milímetros de precipitação, enquanto na sede do município, a média registrada foi de 123 milímetros. “Os meses de maio, junho, julho e agosto, em geral, são meses de baixas pluviométricas. A Defesa Civil faz o controle dessas áreas através de estações semiautomáticas para medir a chuva, instaladas em diferentes localidades da zona rural”, informa.

O coordenador ainda ressalta ser imprescindível o armazenamento de água em reservatórios nos períodos de chuva, “recomendamos às pessoas dessas localidades a armazenarem água em caixas extras, pois a chuva é uma água que pode ser tratada mais facilmente”, destaca.

Ubaldino complementa ainda que a situação da zona urbana não é tão preocupante, mas avisa que a Defesa Civil tem acompanhado a situação da barragem junto à Empresa Baiana de Saneamento e Águas (Embasa). Ele ressalta a importância do monitoramento das áreas que sofrem com a seca e também com as enchentes nos meses de chuva: “A equipe técnica da Defesa Civil atua nos dois extremos, desde as enchentes aos períodos de seca total. O planejamento é essencial para sanar os problemas da população”, garante o coordenador.

 

Para o secretário municipal de Agricultura, José William Nunes, há um empenho grande da Prefeitura em mitigar a falta de água na zona rural do município: “o prefeito municipal está empenhado em resolver e já determinou aos setores responsáveis do governo que não meçam esforços para o aluguel de carros pipa de forma imediata.” José William ainda adverte que a população atingida pela seca é a maior em anos e que a falta de água é um dos maiores problemas da cidade. “Os carros pipa do Exército Brasileiro não dão conta da grande demanda. Temos hoje mais de 300 pedidos abertos”, salientou.

O secretário ainda manifestou um apelo direcionado às famílias que têm sofrido com a falta de água: “em situações de emergência como essas, a água deve ser destinada prioritariamente para o consumo humano. Para outras atividades, deve se buscar alternativas, mas o mais importante é o consumo, a higiene pessoal e também os animais”.

 

Fonte: Resenha Geral

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