IPCA tem deflação de 0,21% em novembro, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve variação negativa de 0,21% em novembro, após ter registrado alta de 0,45% em outubro, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o país registrou deflação – a inflação negativa – no mês de novembro. Este resultado foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%. Para um mês de novembro, foi a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994. Trata-se também da segunda deflação registrada em 2018.

Alta de 4,05% em 12 meses

No acumulado em 12 meses, o índice recuou para 4,05%, voltando a ficar abaixo da meta do Banco Central, que é de 4,5% para o ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

No acumulado no ano até novembro, o IPCA está em 3,59%, acima dos 2,50% registrados em igual período de 2017.

O alívio nos preços de combustíveis e energia elétrica foi a maior contribuição para o recuo dos preços em novembro.

Das 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, somente a de Goiânia teve inflação em novembro, de 0,12%. Em Belém, a variação média dos preços foi zero. Nas demais 14 foi registrado deflação. São Paulo, com peso de 30,67% na composição do indicador nacional, registrou deflação de -0,30%. A variação negativa maos intensa foi observada em Brasília: -0,43%.

IPCA em novembro por setores

Segundo o IBGE, 5 dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação de outubro para novembro, com destaque para transportes e habitação:

  • Alimentação e Bebidas: 0,39%
  • Habitação: -0,71%
  • Artigos de Residência: 0,48%
  • Vestuário: -0,43%
  • Transportes: -0,74%
  • Saúde e Cuidados Pessoais: -0,71%
  • Despesas Pessoais: 0,36%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: -0,07%

Meta de inflação

A previsão dos analistas para a inflação em 2018 caiu para 3,89%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

O percentual esperado pelo mercado está bem abaixo da meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5% e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema – a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.

Na segunda-feira (3), o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que a inflação terminará este ano com um avanço menor que 4%. Em 2017, a inflação oficial do país ficou em 2,95%, fechando pela primeira vez abaixo do piso da meta fixada pelo governo, que era de 3%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.

Para 2019, os economistas das instituições financeiras projetam um IPCA em 4,112%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

Fonte: G1

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