Acusado de matar pastora e sobrinha é absolvido em segundo julgamento. No primeiro ele foi condenado a 30 anos.

O Tribunal do Júri de Vitória da Conquista absolveu, hoje (6), o vigilante Adriano Silva dos Santos, de 39 anos, um dos três acusados pelo assassinatos da pastora Marcilene Oliveira Sampaio, 38 anos, e da sobrinha dela, Ana Cristina Sampaio Santos, 37 anos, no dia 19 de janeiro de 2016. Segundo a polícia Adriano foi um dos executores do assassinato, a pedradas, junto com o pastor Fábio de Jesus Santos. O mandante teria sido o pastor Edimar da Silva Brito. Como motivação, o crescimento da igreja da pastora Marcilene, que estava atraindo fiéis da congregação de Edimar.

A defesa sustentou que Adriano não foi responsável pelas mortes das duas mulheres, que não teria sido o executor, como apontado pela polícia. O Ministério Público recorreu da sentença e quer a realização de outro julgamento.

Adriano foi preso no dia seguinte ao crime e permaneceu no Presídio Advogado Nilton Gonçalves. No dia 19 de outubro do mesmo ano, ele chegou a ser julgado e condenado a 30 anos de prisão em regime fechado, mas a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, tendo como relator o desembargador Nilson Castelo Branco, declarou a nulidade integral da pronúncia dos pastores Edimar Brito e Fábio de Jesus e de Adriano, anulando o julgamento que o condenara.

Em junho do ano passado, o juiz de Direito Reno Viana Soares, da Vara do Júri e Execuções Penais de Vitória da Conquista, novamente pronunciou os três acusados das mortes de Marcilene Oliveira e Ana Cristina Sampaio, determinando que todos fossem julgados pelo Tribunal do Júri, decretando novamente a prisão de todos eles. Edimar e Fábio conseguiram sair da cadeia e se livrar dos júris, graças a recursos. Edimar, apontado como mandante do crime, foi preso no mês passado denunciado por estupro. Não se sabe o paradeiro de Fábio.

Em vídeo gravado no dia em que Adriano foi preso, ele e Fábio deram entrevista afirmando que foi o pastor Edimar quem executou as duas mulheres a pedradas. Era para dar um susto nas vítimas e no marido da pastora. o também pastor Carlos Eduardo, mas Edimar teria dito que não poderia deixar testemunhas e decidiu matar os três. Eduardo conseguiu fugir, mas as mulheres não.

Adriano disse que estava armado, mas se negou a atirar nas duas, conforme Edimar pedira, por isso o próprio pastor usou uma pedra de construção. Adriano disse que Marcilene e Ana Cristina não esboçaram reação, estavam deitadas, com as mãos na cabeça quando foram executadas.

Veja o vídeo:

 

 

Informações:Blog do Giorlando Lima

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