Janeiro Roxo: Vigilância Epidemiológica sensibiliza profissionais da Atenção Básica para diagnóstico da Hanseníase

Sensibilizar o olhar clínico dos profissionais da Atenção Primária para o diagnóstico precoce da Hanseníase. Esse tem sido o objetivo das ações de capacitação que a Vigilância Epidemiológica tem realizado ao longo desse mês de campanha do Janeiro Roxo.

Todos os profissionais que trabalham nas Unidades de Saúde da Atenção Básica da zona urbana e rural do município – desde médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos e equipe de apoio – estão sendo sensibilizados para identificar os pacientes com a doença, para que seja tratada rapidamente a fim de alcançar a cura. “Entendemos que a hanseníase está presente no território, as pessoas estão doentes e, de fato, a Atenção Primária é a porta de entrada para esses casos. Como alguns desses pacientes estão chegando com diagnóstico muito tardio, isso nos informa que precisamos estar ainda mais atentos”, justifica Amanda Maria Lima, coordenadora da Vigilância Epidemiológica.

A coordenadora ainda explica que se o profissional de saúde entende que está trabalhando em um território onde há Hanseníase, ele vai estar mais alerta para os casos em tratamento ou em período de incubação da doença. Isso faz com que todos os profissionais tenham esse olhar mais vigilante para a Hanseníase, que é uma doença que leva a grandes incapacidades quando o diagnóstico é muito tardio.

Neste ano, as equipes de saúde da zona rural têm sido o foco das sensibilizações. De acordo com uma avaliação feita pela equipe de Vigilância Epidemiológica, 80% da entrada de novos casos de Hanseníase no município são da zona urbana e 20% na zona rural. “Esse percentual nos causou uma inquietação: será mesmo que não há indivíduos que estão doentes e precisam dessa atenção à Hanseníase? Por isso, pensamos em trabalhar no território da zona rural, onde tem muitas localidades distantes em que pode haver a existência da doença, também para entender se esse percentual é real ou se estamos tendo subnotificação”, explica Amanda.

Dados epidemiológicos da Hanseníase no município – De 2017 a 2019, já foram diagnosticados 148 novos casos de Hanseníase em Vitória da Conquista. Atualmente, 60 pacientes estão em tratamento, ofertado pelo SUS, no Centro Municipal de Pneumologia e Dermatologia Sanitária. O serviço é referência no município e atende casos suspeitos de Hanseníase, onde pode ser feita a avaliação de sensibilidade, solicitação de exames de laboratório, a consulta médica para diagnóstico, acompanhamento e todo o tratamento.

 

Fonte: PMVC

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