Lava Jato: Justiça condena braço direito de Beto Richa por propina da Odebrecht

O juiz substituto da 23ª Vara Federal de Curitiba proferiu a primeira sentença no caso Piloto, concluindo que foi comprovado o pagamento de propina pela Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Carlos Alberto Richa, o Beto Richa.

O ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo foi condenado à pena de 10 anos e 5 meses, em regime inicialmente fechado, pela prática dos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, além de pagamento de multa.

Já o empresário Jorge Theodócio Atherino, operador financeiro do grupo político que comandava o estado do Paraná, também foi condenado pela prática do crime de corrupção passiva, com pena de 4 anos, 9 meses e 15 dias, para cumprimento em regime inicialmente semiaberto, além de pagamento de multa. Ambos foram absolvidos das imputações do crime de lavagem de dinheiro.

Ainda foram condenados executivos e funcionários do Grupo Odebrecht, denunciados pelo Ministério Público Federal no Paraná e considerando a colaboração no caso. As partes foram intimadas da sentença e já podem apresentar recursos.O ex-governador é réu em outra ação penal, que ainda está em tramitação.

Entenda o caso
A corrupção no governo do Paraná foi investigada na 53ª fase da Lava Jato, quando foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, além de diversos mandados de busca e apreensão no Paraná, em São Paulo e na Bahia.

O objetivo é aprofundar as investigações sobre a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação referentes à duplicação da PR-323, favorecendo a empresa Odebrecht.

E em 5 de setembro de 2018, a força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná denunciou 11 pessoas pelos crimes de corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro.

As investigações revelaram o pagamento de propinas pela Odebrecht para obter favores ilegais relacionados à Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá, durante o ano de 2014, no valor de R$ 7,2 bilhões.

Entre os denunciados, estão o empresário Jorge Theodócio Atherino, apontado como “operador” (intermediário que gerenciava as propinas) do ex-governador Beto Richa, e o ex-chefe de gabinete do político, Deonilson Roldo; além de Adolpho Julio da Silva Mello Neto, Benedicto Barbosa da Silva Junior, Fernando Migliacchio da Silva, Luciano Riberiro Pizzatto, Luiz Antônio Bueno Junior, Luiz Eduardo Soares, Maria Lucia Tavares, Olívio Rodrigues Junior e Álvaro José Galliez Novis.

 

Fonte: BNews

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