Simulação de operação que matou miliciano Adriano da Nóbrega na Bahia dura quatro horas

Realizada na manhã deste domingo (12), a simulação da operação policial que culminou na morte do miliciano Adriano da Nóbrega teve duração de quatro horas. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) ressalta que todas as ações das equipes que procuravam e encontraram o então foragido da Justiça, na cidade de Esplanada, no dia 9 de fevereiro, foram repetidas.

Nóbrega é ex-policial militar, acusado de integrar uma organização criminosa batizada de “Escritório do Crime”. Ele é suspeito de ter envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes e também era considerado importante para elucidar o caso das rachadinhas no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando o parlamentar ocupava o posto de deputado estadual.

A reprodução simulada da operação foi feita a pedido dos delegados do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), a fim de confirmar como a situação procedeu, uma vez que a versão apresentada pelos policiais envolvidos, que indicam que Adriano reagiu a prisão e atirou contra os agentes, é contestada. Por exemplo, Flávio acusa a polícia baiana de ter executado o miliciano. Por isso, a simulação foi feita e os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) coordenaram as repetições.

A simulação foi solicitada por delegados do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e visa checar a versão apresentada pelos policiais, que afirmam que o miliciano teria reagido a prisão e atirado contra os agentes.

A SSP-BA explica que a célula tática, que localizou o miliciano, composta de três policiais militares, mostrou como foram as buscas, a tentativa de cumprir o mandado, a entrada no imóvel onde o foragido se escondia, o confronto e a prestação de socorro.

“Desde o início fomos transparentes sobre como ocorreu essa operação. Divulgamos depoimentos dos policiais e o laudo de necropsia. A reprodução simulada é mais uma maneira de esclarecer o caso e oferecer todos os subsídios à Polícia Civil para concluir o inquérito”, declarou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

O laudo da simulação será anexado aos exames periciais no corpo de Adriano, no colete balístico atingido no confronto e na análise do local de crime. Barbosa acrescenta que, assim que o inquérito for concluído, todos os resultados serão divulgados e repassados aos órgãos envolvidos.

Fonte: BN

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