Na Bahia, 102 policiais civis se afastaram para disputar eleições 2020

Um levantamento feito pelo jornal O Globo revelou que a Bahia é o segundo estado com o maior número de policiais civis que se afastaram para disputar as eleições municipais em 2020. São 102 no total. Em 2016 foram 92. De acordo reportagem publicada neste domingo (6), no Brasil, ao menos 2.239 policiais e militares vão disputar cargos de prefeito, vice-prefeito ou vereador nas eleições deste ano.

Policiais militares e membros das Forças Armadas podem pedir afastamento até o dia 26 de setembro, quando se encerram o prazo para registro das candidaturas.

Em nível nacional, 1.039 policiais civis já confirmaram participação na campanha eleitoral deste ano. De acordo com a reportagem, o quantitativo supera 2016, quando foram 1.025.

Em 14 unidades da federação, o quantitativo é maior do que há quatro anos. A data para a maioria dos policiais civis se licenciar do cargo terminou no último dia 15. Para os delegados, o prazo já tinha vencido — é necessário se afastar seis meses antes da eleição para a disputa de vereador e quatro meses para prefeito ou vice.

Até o início do mês, diz a reportagem, 1.031 policiais militares em 12 unidades da federação deixaram as ruas para serem candidatos. A perspectiva é de que o número venha a subir por conta do prazo ainda não finalizado. Na eleição municipal anterior, 3.195 PMs foram candidatos.
No Rio, o número de PMs que deixaram a tropa chega a 354. Em 2016, foram 376. São Paulo não repassou os dados consolidados, mas O GLOBO identificou 365 afastamentos publicados em Diário Oficial de policiais militares que querem concorrer à eleição. Em 2016, haviam sido 441. Estados em que houve motins recentes, como Espírito Santo e Ceará, não disponibilizaram os dados totais.

Entre os membros das Forças Armadas, 40 integrantes do Exército, 15 da Aeronáutica e 10 da Marinha deixaram as funções para postularem um mandato eletivo. Na eleição passada, foram 123. As regras para o grupo são as mesmas dos PMs, e eles ainda mantêm o salário enquanto estão em campanha. Os militares da ativa têm regras específicas de participação e não podem ser filiados a partidos. O vínculo com as siglas se dá a partir da aprovação em convenção e vai até a data da eleição. Caso o militar tenha menos de dez anos de serviço, ele é obrigado a abrir mão da carreira para concorrer. Se tiver ultrapassado esse prazo, o militar pode retornar no dia seguinte à eleição, em caso de derrota.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou à reportagem que 104 agentes se licenciaram para concorrer. Já a Polícia Federal disse que os dados deveriam ser solicitados pela Lei de Acesso à Informação, cujo prazo mínimo de resposta é de 20 dias. Integrantes das polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal podem retornar normalmente às corporações depois do pleito em caso de derrota e podem ser filiados a partidos políticos.

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