Pedestre ao celular tem 80% mais chances de ser atropelado

 

Imagem Ilustrativa | Jonathan Nackstrand
Imagem Ilustrativa | Jonathan Nackstrand

A distração com o aparelho celular pode resultar em atropelamentos. Digitar, ler, falar e usar o fone de ouvidos aumentam as chances de acidentes em até 80%. A conclusão é do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran-PR). O Estado já soma 1.387 acidentes do tipo no primeiro quadrimestre do ano.

“No ano passado realizamos uma grande ação para alertar os motoristas dos perigos de digitar e dirigir, mas o problema também atinge os pedestres. Desatentos, eles não escutam buzinas, não percebem bicicletas, atravessam as ruas sem olhar. O risco desta desatenção pode ser fatal”, conta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
Tendência
O uso do celular virou um problema tão grande em alguns países que obrigou governos a adotarem medidas. Em Augsburg, na Alemanha, a prefeitura adotou um semáforo específico, fixado no chão, para que o pedestre com os olhos fixados no celular perceba os sinais da rua.
Em Nova Jersey, EUA, as medidas foram mais rigorosas. Quem for pego com as mãos ocupadas por aparelhos eletrônicos enquanto anda pelas ruas é multado em 50 dólares ou fica até 15 dias preso. Metade do valor da multa seria destinada à educação de segurança sobre os perigos de se andar escrevendo ao celular.
No Japão foram criadas calçadas específicas para pedestres que não abandona o aparelho. Uma forma de evitar empurrões, tropeços e quedas.
Condutores
Motoristas desatentos com a direção porque usam o celular ao volante também são um problema cada vez maior. Um estudo do Departamento de Trânsito e Segurança nas Estradas dos Estados Unidos (NHTSA) aponta que o uso de dispositivos móveis ao volante aumenta em até 400% o risco de acidente.
“O problema é que o motorista imagina que não tem problema falar no celular enquanto dirige. Ele julga ter capacidade de sobra para realizar as duas coisas, não percebe que a atenção fica dispersa e aí também não percebe o pedestre que vai atravessar a rua, o motoqueiro que vai trocar de faixa, o ciclista que surgiu ao lado”, destaca o diretor.
Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que um condutor leva de 4 a 5 segundos para fazer o contato com o aparelho já desbloqueado. Se o carro estiver a 100 km/h, são 120 metros dirigindo sem enxergar a via.

Fonte: Radar Nacional

 

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