Após três notificações enviadas pela Prefeitura de Vitória da Conquista ao Governo da Bahia sobre os recorrentes acidentes e mortes no trecho em reforma da Avenida Presidente Vargas, a Câmara de Vereadores aprovou um requerimento exigindo, em regime de urgência, esclarecimentos detalhados sobre a obra de duplicação da via.
O documento, apresentado pelo vereador Edivaldo Ferreira Júnior e aprovado em plenário, destaca que a obra se arrasta há mais de dois anos, tornando-se um verdadeiro drama urbano para milhares de cidadãos. Segundo o texto, sucessivos adiamentos, somados à falta de sinalização e iluminação, transformaram o canteiro de obras em um cenário de tragédias, com cinco mortes registradas no local.
A duplicação da avenida começou em outubro de 2022, com um investimento de R$ 16,4 milhões e previsão inicial de conclusão para junho de 2023. No entanto, a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra) adiou o prazo para outubro de 2024, que também não foi cumprido.
Falta de segurança e questionamentos
O requerimento aponta uma série de problemas no trecho em obras, como:
✅ Falta de sinalização e iluminação adequada, aumentando os riscos de colisões;
✅ Equipamentos e entulhos espalhados na pista sem devida sinalização;
✅ Buracos, poeira, lama e congestionamentos frequentes.
Desde outubro de 2023, a avenida já registrou cinco mortes:
• Outubro de 2023: colisão entre moto e carro;
• Junho de 2024: atropelamento de um pedestre;
• Outubro de 2024: motociclista colidiu com uma caminhonete;
• Novembro de 2024: acidente envolvendo uma picape;
• Fevereiro de 2025: funcionário da obra atropelado por um rolo compactador.
Diante desse cenário, o requerimento traz dez questionamentos ao Governo da Bahia, incluindo:
📌 Qual o verdadeiro motivo da demora na conclusão da obra?
📌 Quando será realizada a instalação da iluminação pública no trecho?
📌 Quais penalidades foram aplicadas à empresa responsável pelo atraso?
📌 Existe um planejamento de contingência para evitar novos acidentes fatais?
“Símbolo de descaso e dor”
O documento classifica a obra como “um símbolo de descaso e dor”, cobrando “um posicionamento firme e medidas concretas antes que novas tragédias aconteçam”.
A população de Vitória da Conquista segue aguardando respostas e, principalmente, a conclusão da obra, que já deveria ter sido entregue há muito tempo.