Facções criminosas se expandem na Bahia, tornando o estado o mais afetado do país

A Bahia enfrenta uma escalada preocupante na atuação de facções criminosas, consolidando-se como o estado brasileiro com o maior número dessas organizações. Segundo levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), o estado abriga 21 facções, representando cerca de 23% do total nacional .

Grupos como o Comando Vermelho (CV), Bonde do Maluco (BDM), Comando da Paz (CP), Katiara (KT) e Primeiro Comando da Capital (PCC) disputam territórios tanto nas ruas quanto dentro dos presídios baianos. Essa fragmentação e expansão têm contribuído para o aumento da violência, colocando a Bahia no topo do ranking nacional de homicídios .

Em resposta, as forças de segurança intensificaram as operações. Em 2024, mais de 90 líderes de facções foram presos, e cerca de 8 toneladas de drogas foram apreendidas. Além disso, 20 laboratórios de entorpecentes foram desarticulados, e aproximadamente 400 mil pés de maconha foram destruídos .

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) também atuou de forma incisiva, deflagrando 75 operações contra o crime organizado e bloqueando mais de R$ 2 bilhões em ativos financeiros ligados às facções .

Apesar dos esforços, o avanço das facções continua sendo um desafio. O governador Jerônimo Rodrigues reconheceu a gravidade da situação, destacando que a violência não é um problema exclusivo da Bahia, mas parte de um movimento internacional. Ele enfatizou o compromisso do governo em equipar e capacitar as forças policiais para enfrentar essa ameaça .

A complexidade do cenário exige ações integradas e contínuas para conter a expansão das facções e restaurar a segurança no estado.