
A aprovação do projeto de lei que autoriza o uso da Bíblia como material de apoio nas escolas municipais de Vitória da Conquista, ocorrida na sessão desta quarta-feira (4), gerou reação contrária de setores ligados à educação e à política.
O vereador Alexandre Xandó foi o único a votar contra a proposta. Durante a sessão, ele alegou que o projeto é inconstitucional e representa um favorecimento a apenas um segmento religioso, ferindo o princípio do Estado laico. Xandó afirmou ainda que poderá acionar o Ministério Público para questionar a legalidade da medida.
Além dele, o SIMMP (Sindicato do Magistério Municipal Público) também se manifestou publicamente contra o projeto. Em nota divulgada na última semana, o sindicato declarou que a proposta representa uma violação à laicidade do ensino público e abre precedente perigoso para a introdução de conteúdos religiosos no currículo escolar.
O projeto, de autoria do vereador Edvaldo Ferreira Júnior, foi aprovado com maioria dos votos. Ele estabelece que o uso da Bíblia será facultativo e poderá ser adotado como material complementar de apoio pedagógico, conforme critério das escolas.
Apesar da polêmica, lideranças religiosas da cidade, como o pastor George Costa, presidente da União de Pastores Evangélicos de Vitória da Conquista, comemoraram a aprovação e afirmaram que a Bíblia pode contribuir na formação ética e moral dos alunos.