
Um comportamento tem chamado atenção — e causado preocupação — nas ruas de Vitória da Conquista: motociclistas circulando à noite com o farol desligado e, em muitos casos, sem a placa de identificação. Em menos de 15 dias, dois acidentes graves foram registrados envolvendo motocicletas que trafegavam nessas condições, colocando em risco não apenas os condutores, mas também pedestres e outros motoristas.
Em um dos episódios mais recentes, um casal que retornava da igreja foi surpreendido por uma motocicleta que seguia com o farol completamente apagado. A colisão foi frontal, e o impacto poderia ter sido fatal. Outro acidente semelhante ocorreu no centro da cidade, também à noite, com dinâmica parecida: motociclista no escuro total.
A prática, que parece ter virado “modinha” entre parte dos motoboys, tem se espalhado especialmente nas regiões do Anel Viário e vias de maior movimentação. Além do farol apagado, há relatos frequentes de motos com placas dobradas, cortadas ou propositalmente escondidas, dificultando a fiscalização e a identificação dos condutores.
O Código de Trânsito Brasileiro é claro: trafegar com o farol desligado à noite ou sem placa é infração gravíssima, podendo resultar em multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir. Além disso, configura crime de trânsito, conforme o artigo 230 do CTB.
A conduta irresponsável contrasta com a postura da maioria dos motoboys que trabalham de forma correta e seguem as normas de trânsito. São profissionais que dependem da moto para sustentar suas famílias e merecem respeito — não serem colocados no mesmo balaio que os imprudentes.
As autoridades de trânsito já foram alertadas por moradores e motoristas. Resta agora intensificar a fiscalização e aplicar a lei com o rigor necessário, antes que mais vidas sejam perdidas por causa dessa imprudência absurda.
Motocicleta não é brinquedo, e a rua não é videogame. O farol existe para salvar vidas. E a placa, para garantir responsabilidade.
A população pede providências.




