
Com uma população que se aproxima dos 400 mil habitantes, sem contar os milhares de moradores flutuantes que circulam diariamente pela cidade, Vitória da Conquista impressiona não só pelo crescimento urbano, mas também pela quantidade de farmácias e postos de gasolina espalhados por toda parte.
Em vários bairros — como o Ibirapuera — parece que há um posto de combustível em cada esquina, e o mesmo se vê com as farmácias. Grandes redes têm aberto unidades tão próximas umas das outras que, em muitos casos, é possível sair de uma e entrar na concorrente caminhando poucos passos.
Essa expansão acelerada levanta questionamentos sobre o planejamento urbano da cidade. Enquanto postos de combustíveis, em tese, deveriam obedecer a uma distância mínima entre si — prevista em normas ambientais e de segurança —, em Conquista isso nem sempre parece estar sendo seguido à risca. Já no caso das farmácias, não há nenhuma lei que impeça a instalação lado a lado, o que transforma calçadas em verdadeiros “corredores farmacêuticos”.
“Tem lugares aqui que tem três farmácias vizinhas! E postos, então… No Ibirapuera tem um em cada canto, é impressionante”, comenta um morador.
Conquista cresce, se transforma e se adapta. Mas fica a pergunta:
isso é planejamento ou uma corrida desenfreada por clientes e lucros?




