Grandes atacadistas de Vitória da Conquista cobram pelas sacolas, enquanto mercados de bairro seguem oferecendo gratuitamente

Em Vitória da Conquista, quem faz compras em grandes redes atacadistas, ja conviver com uma prática cada vez mais comum: a cobrança pelas sacolas plásticas descartáveis. O preço gira em torno de R$ 0,60 por unidade, e o consumidor que não leva sacola reutilizável ou caixa própria se vê obrigado a pagar para transportar as mercadorias.

Esse modelo de operação não é exclusivo da cidade. As redes já se instalam em qualquer município trazendo consigo essa política, que tem como argumento oficial a sustentabilidade e a redução do consumo de plástico. Porém, para o consumidor, fica a sensação de que algo essencial para o transporte da compra virou mais um custo adicional.

Mas é importante destacar: em Vitória da Conquista existe a Lei Municipal nº 2.759/2023, que proíbe a cobrança por sacolas plásticas — mesmo as biodegradáveis. A norma determina que os estabelecimentos devem oferecer gratuitamente embalagens adequadas para o transporte das mercadorias. Cabe ao Procon fiscalizar e aplicar as penalidades, que vão de multa à suspensão do alvará. Portanto, a prática de cobrar do cliente é ilegal e precisa de uma fiscalização mais rígida.

Enquanto isso, em supermercados de bairro, a realidade é outra: além da proximidade no atendimento, os comerciantes ainda oferecem sacolas sem cobrar nada a mais por isso. É no mercadinho da esquina, com a Dona Maria, o Seu Joaquim ou o Seu Manel, que o cliente encontra não só a sacola gratuita, mas também a confiança e o laço comunitário que sempre marcaram o comércio local.

A grande questão é: até que ponto é justo cobrar por algo tão básico como uma sacola para carregar as compras?
O tema ainda gera discussões e divide opiniões. Para muitos consumidores, os mercados de bairro seguem levando vantagem não apenas no atendimento humano, mas também em detalhes que fazem diferença no dia a dia.