O clima de tensão entre Estados Unidos e Venezuela escalou para níveis alarmantes, com o presidente Nicolás Maduro convocando um alistamento militar em todas as regiões do país para o próximo fim de semana. O chamado dramático acontece no momento em que as Forças Armadas dos Estados Unidos se aproximam da costa venezuelana.
Maduro fez um apelo por união, afirmando que o país precisa de “união política, militar e policial” para enfrentar a ameaça que se aproxima. A situação, no entanto, levanta uma questão irônica para o governo chavista. Depois de anos de isolamento diplomático e tensões com a maioria de seus vizinhos, a Venezuela precisa agora, mais do que nunca, de aliados. O apoio militar e político que Maduro busca é o mesmo que ele e seus antecessores se esforçaram para afastar.
A movimentação militar dos EUA na costa da Venezuela é um sinal claro de que a pressão sobre o regime de Maduro, já intensa com sanções econômicas, pode estar entrando em uma nova e perigosa fase. Analistas internacionais veem a situação como o ponto culminante de uma crise que se arrasta por anos, com a Venezuela enfrentando um colapso econômico, social e humanitário.
Resta saber se o clamor por união de Maduro será suficiente para mobilizar o país e se, de fato, a Venezuela possui aliados dispostos a se colocar na linha de frente para enfrentar o poderio militar dos Estados Unidos.
