
A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiu um ponto crítico com uma grande mobilização naval americana no Mar do Caribe, próximo à costa venezuelana. O governo dos EUA alega que a operação visa combater cartéis de drogas, mas o presidente Nicolás Maduro denunciou a ação como uma “ameaça” direta à soberania de seu país.
Segundo informações de um funcionário do governo americano, a mobilização é significativamente maior que o normal e inclui sete navios de guerra e um submarino de ataque rápido nuclear.
Embarcações como o USS San Antonio e o USS Iwo Jima transportam cerca de 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais, além de aviões espiões que realizam voos de inteligência na região.
A Casa Branca, sob o governo de Donald Trump, declarou que está pronta para usar “todos os elementos do poder americano” para impedir a entrada de drogas no país e afirma que a operação é aplaudida por outras nações do Caribe. Em fevereiro, o governo americano designou o grupo criminoso venezuelano “Tren de Aragua” como uma organização terrorista global.
Do outro lado, o presidente Nicolás Maduro reagiu duramente. “Nossa diplomacia não é a diplomacia dos canhões, das ameaças”, declarou, afirmando que a Venezuela estava sendo ameaçada por submarinos nucleares em violação a tratados internacionais.
Como resposta, o governo venezuelano anunciou o envio de 15.000 soldados para a fronteira com a Colômbia, para, segundo eles, combater grupos de narcotraficantes. Maduro também convocou a defesa civil para realizar treinamentos de prontidão em todo o país.
Enquanto a missão exata da frota americana permanece incerta, a troca de acusações e as movimentações militares de ambos os lados elevam perigosamente a instabilidade na região, com o mundo observando atentamente os próximos passos.




