
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) a ampliação do monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
A decisão reforça o cerco na área externa da residência de Bolsonaro, em razão da existência de “pontos cegos” que, segundo um relatório da administração penitenciária, dificultavam a fiscalização.
Além do monitoramento presencial, Moraes ordenou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize vistorias em todos os veículos, incluindo porta-malas, que saírem da casa do ex-presidente. As inspeções deverão ser documentadas com a identificação de motoristas e passageiros.
A medida atende a um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e se baseia no entendimento de que há um risco de fuga do ex-presidente. Essa preocupação é alimentada pela atuação de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos buscando influenciar o governo de Donald Trump contra o Judiciário brasileiro.
Entenda a Prisão Domiciliar
A matéria esclarece que, embora Bolsonaro seja réu por tentativa de golpe de Estado, a sua prisão domiciliar foi decretada em um inquérito diferente. A detenção atual investiga o ex-presidente e seu filho, Eduardo, por suspeita de coagir autoridades responsáveis pelo processo do golpe.
O próprio Eduardo Bolsonaro tem afirmado que age junto ao governo Trump para buscar uma anistia ou o cancelamento do julgamento de seu pai, chamado por Trump de “caça às bruxas”. O contexto se tornou ainda mais tenso após o presidente americano impor altas tarifas a produtos brasileiros, citando o processo contra Bolsonaro como um dos motivos.
Para Moraes, a ampliação das medidas é necessária para “impedir qualquer possibilidade de fuga” e garantir a efetividade da prisão domiciliar.




