
Em um claro sinal da crescente tensão diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na manhã deste domingo (21) para Nova York com uma comitiva visivelmente reduzida.
A viagem ocorre em meio a ameaças do governo de Donald Trump de sancionar autoridades brasileiras por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula decolou da Base Aérea de Brasília por volta das 10h, com pouso previsto para as 18h45 (horário de Brasília).
A delegação que o acompanha é formada por 6 ministros e 2 governadores, mas, de forma notável, não inclui nenhum deputado ou senador.
A ausência de congressistas é um reflexo direto da relação estremecida entre os dois governos. A viagem, que em outras circunstâncias contaria com uma ampla representação política, foi enxugada para se concentrar em discussões diretas entre os membros do Executivo, em uma tentativa de navegar pela atual crise.
O clima entre as duas maiores nações do continente azedou nas últimas semanas, principalmente após relatos de que os EUA poderiam aplicar sanções contra o Brasil, e também por conta de ações militares americanas no Caribe.
A agenda de Lula nos Estados Unidos será acompanhada de perto, em busca de qualquer sinal de distensão ou acirramento da crise.




