
A operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que apura um esquema de desvio de mais de R$ 12 milhões em Poções e região, mira figuras políticas proeminentes. Entre os alvos da investigação estão a prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB), e o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho (PCdoB).
Outro investigado central na operação é o chefe de gabinete da prefeitura de Poções, Jorge Luiz, que já ocupou o cargo de vice-prefeito do município.
Jorge Luiz teve seu mandato cassado em abril de 2017, juntamente com o prefeito da época, sob a acusação de captação ilícita de recursos para a campanha eleitoral de 2016.
Como o esquema funcionava
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam para um esquema de irregularidades em contratos de terceirização de mão de obra financiados com verbas do Fundeb (educação), SUS (saúde) e FNAS (assistência social). As fraudes incluíam a ausência de estudos técnicos e pesquisa de preços, superfaturamento de valores e pagamento por serviços fictícios (que nunca foram prestados).
A apuração revelou uma estrutura criminosa organizada que atuava em diversos municípios baianos. O grupo utilizava empresas de fachada, familiares como intermediários financeiros e movimentações bancárias atípicas para lavar o dinheiro desviado e ocultar o patrimônio.
Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e violações à legislação trabalhista.




