
Em uma decisão que marca a redução das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, o governo americano anunciou, nesta sexta-feira (12), a retirada do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky.
A determinação foi publicada no site oficial do Tesouro Americano e ocorre após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do casal, o Lex-Instituto de Estudos Jurídicos, empresa com sede em São Paulo mantida por Viviane e pelos três filhos, também foi removido da lista de restrições.
As sanções contra o ministro haviam sido impostas em julho, em um cenário de forte pressão do governo de Donald Trump para tentar influenciar o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Posteriormente, em setembro, as restrições foram estendidas à esposa do magistrado.
Vale lembrar que, em setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de golpe de Estado e outras quatro infrações, pena que começou a ser cumprida em novembro.
O presidente Lula relatou ter conversado diretamente com Trump na semana passada.
Segundo Lula, ao ser questionado se a retirada das sanções seria boa para ele pessoalmente, respondeu: “Não é bom para mim, é bom para o Brasil e é bom para a democracia brasileira”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos, publicou nota lamentando a decisão do governo americano. Eduardo, que corre risco de cassação por faltas e se tornou réu no STF por coação no curso do processo ao articular tais sanções, afirmou que recebeu a notícia com pesar, mas agradeceu o apoio anterior de Trump.
Por Léo Santos




