Em Vitória da Conquista, a cena se repete quase todo dia: menores de idade pilotando bicicletas motorizadas como se fossem motos, sem capacete, sem habilitação e, o pior, sem fiscalização. Aparentemente, se tiver pedal, pode tudo — mesmo que tenha motor.
Na noite de ontem (08), por volta das 19h30, um desses ciclistas colidiu de frente com um ônibus no cruzamento das Avenidas Macaúbas e Brasília, no bairro Patagônia. Por pouco, a história não terminou em tragédia.
Mas há três meses, no bairro Brasil, a tragédia veio de forma brutal: uma idosa foi atropelada e morta por um condutor de bicicleta motorizada. E o que mudou desde então? Nada. Nenhuma campanha educativa, nenhuma ação de fiscalização, nenhum projeto que trate o problema com a seriedade que ele merece.
Essas bicicletas com motor viraram um “jeitinho” perigoso de burlar a lei, muitas vezes colocadas nas mãos de adolescentes que não têm sequer idade legal para pilotar. Enquanto isso, o trânsito da cidade segue à mercê da sorte.
Se a bicicleta tem motor, então que tenha regra. E fiscalização. Ou vamos continuar tratando a imprudência como normal, até que outra vida se perca no asfalto?
