
A decisão da Secretaria Municipal de Esportes de Vitória da Conquista, comandada pelo ex-goleiro Chico Estrela (Francisco Dantas), de cobrar uma taxa mensal dos grupos de “baba” que utilizam os campos públicos da cidade está dando o que falar.
Segundo a pasta, cada grupo que utilizar o campo passará a contribuir com R$ 100 por mês. O valor será arrecadado diretamente pelos organizadores de cada baba e será destinado exclusivamente à manutenção do espaço, já que o uso intenso — mais de 60 horas mensais por campo — tem gerado desgaste natural e alto custo para o município.
Quando se faz a conta, o impacto para o jogador é mínimo:
Se um grupo tiver 50 participantes, cada um pagará apenas R$ 2 por mês, o que, considerando três babas por semana, representa cerca de R$ 0,17 por partida — menos que o preço de uma bala.
Mesmo assim, a proposta gerou críticas por parte de alguns frequentadores. A Secretaria, no entanto, defende que a cobrança, ainda que simbólica, é uma forma de valorizar os espaços e incentivar o cuidado coletivo.
Argumenta o secretário Chico Estrela.
A medida visa justamente evitar a redução das horas de uso imposta pela alta demanda e falta de manutenção.
Esse tipo de modelo já é utilizado em outros estados, como em Aracaju, onde quadras públicas contam com contribuições mensais dos usuários. O resultado? Espaços mais bem cuidados, iluminados e preservados para todos.
Em Vitória da Conquista, o debate continua. Mas os números mostram que o custo, para quem ama bater aquele baba, é quase simbólico.




