
Há exatos doze meses, no dia 8 de outubro de 2024, a comunidade quilombola de Tamboril, em Condeúba, foi silenciada pela violência. O agente de saúde e respeitado líder comunitário, Arlindo Firmo de Brito, de 60 anos, foi brutalmente assassinado a tiros na porta de sua casa. Hoje, 365 dias depois, o que resta é a dor da ausência e a revolta da impunidade.
Arlindo era um pilar para seu povo, um homem que dedicou décadas de sua vida à saúde e à defesa incansável dos direitos da comunidade quilombola. Sua morte violenta deixou um vazio que o silêncio da Justiça só torna mais profundo. A Polícia Civil chegou a identificar o principal suspeito do crime, Wilson Pereira Pardinho, mas ele continua foragido, e a investigação parece não avançar.
Onde estão os desdobramentos do inquérito? Por que o suspeito ainda não foi capturado? A lentidão do Estado em dar uma resposta transforma o luto em um sentimento de vulnerabilidade e abandono. A morte de um líder como Arlindo não pode ser tratada como apenas mais uma estatística na Bahia. A impunidade neste caso é um ataque direto a todas as lideranças que lutam por seus direitos.
Neste dia que marca um ano de dor e silêncio, a comunidade de Tamboril, a família de Arlindo e toda a sociedade que clama por justiça exigem uma ação imediata das autoridades. É preciso que a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública intensifiquem as buscas para prender o foragido. Que o Ministério Público fiscalize o inquérito e que o Poder Judiciário dê celeridade ao processo.
Um ano é tempo demais. A Bahia não pode se calar diante de um crime que ataca a base da nossa sociedade.
Justiça para Arlindo Firmo de Brito! Já!




