O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) a realizar “operações secretas” na Venezuela. A medida, que amplia a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, abre a possibilidade de a agência atuar em solo venezuelano, oficialmente para combater cartéis de narcotráfico.
“Temos muita droga que vem da Venezuela. E muito das drogas venezuelanas vem pelo mar. Então, você vê coisas assim. Mas vamos interromper elas pela terra também”, afirmou Trump. No entanto, fontes ouvidas pelo jornal The New York Times apontam que o objetivo principal do presidente americano seria derrubar o governo de Maduro.
Até o momento, as ações dos EUA na região se limitavam a ataques aéreos do Pentágono contra embarcações que, segundo a Casa Branca, saíam da Venezuela com drogas destinadas ao mercado americano. Nesta quarta-feira, um barco que havia deixado a costa venezuelana foi bombardeado pelos Estados Unidos, resultando na morte de seis pessoas.
A presença militar na região também foi reforçada, com oito navios de guerra e um submarino nuclear posicionados na parte sul do Caribe.
A ofensiva americana é apoiada por figuras da oposição venezuelana. María Corina Machado, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz na semana passada, declarou à CNN ser favorável às ações para cortar as fontes de financiamento do que chamou de “estrutura narcoterrorista” de Maduro, citando o tráfico de drogas, ouro, armas e seres humanos.
