
Professores e funcionários do Instituto de Educação Euclides Dantas (IEED), uma das mais tradicionais escolas da rede estadual em Vitória da Conquista, divulgaram uma carta aberta manifestando profunda indignação contra a iminente dispensa de gestores e coordenadores de suas funções. O documento denuncia que as mudanças desconsideram critérios de mérito e competência, sendo motivadas por uma “lógica política/administrativa”.
Na carta, a comunidade escolar afirma ser inaceitável que o trabalho de profissionais que construíram vínculos e fortaleceram a escola seja desfeito por razões alheias ao ambiente pedagógico. Eles descrevem as substituições anunciadas como “arbitrárias” e expressões de um “sistema desorganizado, cruel e desumano que solta a mão de quem lhe apoia”.
A frustração é ampliada pelo fato de que tentativas anteriores de diálogo, incluindo reuniões com representantes políticos e um abaixo-assinado, foram ignoradas. “E agora ainda nos dizem para ‘engolirmos o nosso choro’”, desabafa um trecho do texto.
Os profissionais exigem transparência e pedem “esclarecimentos sobre a motivação e os critérios da dispensa e/ou escolhas dos próximos gestores e coordenadores”. Eles defendem uma administração democrática, pautada no respeito, e cobram a participação de toda a comunidade escolar, incluindo os alunos, nas decisões.
Com um tom de resistência, os educadores garantem que não irão se calar diante do que consideram uma injustiça. “Não engoliremos nosso choro! Gritaremos!”, afirmam. A carta finaliza com uma mensagem de solidariedade e reconhecimento aos colegas atingidos pelas mudanças, ressaltando que sua dedicação e competência “resistem a qualquer tentativa de apagamento”.
O manifesto é assinado por professoras, professores e funcionários do IEED em defesa da dignidade docente e de uma educação pública de qualidade.




