
Usuários da Rodoviária de Vitória da Conquista denunciam uma série de abusos que vêm sendo praticados no local, tanto na cobrança do estacionamento quanto nos preços dos produtos comercializados, além do completo abandono da estrutura do terminal. A situação tem gerado revolta em passageiros e visitantes que utilizam diariamente o espaço.
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Um dos pontos que mais chama atenção é a cobrança do estacionamento. Em apenas 10 minutos o usuário já é tarifado, e ao ultrapassar cinco minutos adicionais, o valor sobe para R$ 7. A cobrança é considerada abusiva e desproporcional, sobretudo quando comparada ao Aeroporto Glauber Rocha, onde pelo mesmo tempo o motorista paga cerca de 60 centavos. A diferença escancara a falta de critério e de fiscalização.
Dentro da rodoviária, os preços praticados no comércio também são alvo de críticas. Uma garrafa de água mineral, que fora do terminal custa em média R$ 2, é vendida por até R$ 4. A batata frita, encontrada no mercado por cerca de R$ 3, chega a custar R$ 8 no interior da rodoviária. Para muitos usuários, trata-se de exploração de quem não tem alternativa e precisa consumir no local.
Além dos preços elevados, a estrutura da rodoviária é constantemente criticada. O terminal apresenta instalações antigas, arcaicas e mal conservadas, sem conforto adequado, com falhas na acessibilidade e ausência de melhorias compatíveis com o porte de uma cidade do tamanho de Vitória da Conquista.
O que também causa indignação é a ausência de fiscalização por parte do poder público municipal. Não se vê vereadores atuando de forma efetiva para cobrar explicações, fiscalizar contratos ou defender os interesses da população diante dos abusos relatados. Para os usuários, o silêncio dos representantes políticos contribui para que a situação continue sem qualquer correção.
Enquanto isso, quem precisa utilizar a rodoviária segue pagando caro por serviços precários, sem transparência e sem retorno em qualidade. A população cobra respostas, fiscalização e providências urgentes para acabar com o que muitos já classificam como um verdadeiro desrespeito ao cidadão conquistense.




