Enem 2016: Mais de 4150 estudantes de Conquista são afetados pelo adiamento das provas

lggvvpnOs alunos lotados nesses espaços irão realizar o exame nos dias 3 e 4 de dezembro, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As datas coincidem com o Vestibular 2016 da UESB, mais um motivo de preocupação aos secundaristas.As ocupações são um protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos da União pelos próximos 20 anos. Foram afetados os estudantes direcionados para os campi da Uesb, Ufba, Ifba e Ctep (antiga Agrotécnica Sérgio de Carvalho. Em toda a Bahia, cerca de 30.600 inscritos não poderão fazer o exame pelo mesmo motivo. No estado, 42 escolas que vão sediar as provas estão atualmente ocupadas. Após Salvador, o município com o maior número de alunos afetados pela decisão é Ilhéus, com 3.019 distribuídos em duas escolas tomadas pelos estudantes.

Veja a lista completa de locais onde as provas foram adiadas:7nzwlc7

De acordo com a assessoria de comunicação do Inep, a alteração não modifica o conteúdo da prova, que será “equivalente” à aplicada neste final de semana. O órgão garante, ainda, que o cronograma inicial do exame deste ano, que tem a divulgação das notas prevista para 19 de janeiro de 2017, também não sofrerá mais mudanças. A não alteração do cronograma, segundo o Inep, vai permitir que as instituições que utilizam o Enem como processo seletivo não necessitem modificar as datas para início e término do ano letivo de 2017. O Inep informou, ainda, que a nova aplicação da prova será feita em tempo hábil para a utilização dos resultados no Sisu, Fies e Prouni. Segundo o Ministério da Educação, os inscritos atingidos pelas ocupações começaram a ser avisados nesta terça-feira, 1º, por meio de SMS e e-mail. A intenção é que, até a próxima semana, todos os alunos sejam devidamente comunicados.s0zenty

Preparação

Entre estudantes da capital baiana que foram afetados pela mudança, a alteração da data da prova dividiu opiniões. Enquanto alguns defendem a ocupação como forma de protesto, outros se sentiram prejudicados. Para Jaqueline Maia Gonçalves, 18 anos, que faria a prova no Pavilhão de Aulas (PAF) 1 da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o adiamento das provas se trata de uma “jogada política”. “O Inep poderia conseguir outros locais para aplicar o exame, mas penso que a intenção do governo federal é jogar a sociedade contra os estudantes que estão ocupando as instituições”, afirmou a candidata, que pretende cursar psicologia.

Jaqueline destacou, ainda, que prefere “perder a prova do que perder os direitos se a PEC 241 for aprovada no Senado”. A estudante Mariana de Oliveira Costa, 18, que faria exame no mesmo local que Jaqueline, não recebeu a notícia do adiamento com entusiasmo. Para ela, a decisão do Inep interfere na preparação dos candidatos. “Me preparei este tempo todo, passei por um processo de estudo, fiz um planejamento e tinha a convicção de que faria a prova neste final de semana”, afirmou.

O professor de matemática do ensino médio, Maurício Carvalho, compartilha a opinião de Mariana Costa. Segundo ele, a mudança é prejudicial aos alunos, pois “quebra” uma preparação que, para muitos, teve início desde o primeiro ano do ensino médio. No entanto, ele acredita que os estudantes que farão a prova posteriormente poderão utilizar o mês anterior ao exame para revisar os assuntos e reler conteúdos. “Os alunos podem ver a mudança de forma positiva e utilizar esse tempo que resta até a prova a seu favor, revendo conteúdos que têm mais dificuldades”, orientou o professor. Com informações do A Tarde. Imagens: TV Sudoeste.

 

Fonte: Blog do Marcelo

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