Governo eleva em R$ 7 bi estimativa de receita de 2017

Graças às concessões de infraestrutura e à edição de novos Refis para devedores da União, o Ministério do Planejamento aumentou em R$ 7,086 bilhões a projeção de receita líquida em 2017, de acordo com o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

O cálculo considera uma queda de R$ 8,386 bilhões nas receitas administradas, mas prevê altas de R$ 3,862 bilhões na arrecadação previdenciária e de R$ 11,738 bilhões nas receitas não administradas.

Nesse terceiro grupo, apenas as receitas esperadas com concessões e permissões aumentaram R$ 7,035 bilhões, chegando a um total de R$ 27,9 bilhões neste ano.

Já a previsão com a arrecadação da cota-parte de compensações financeiras – royalties do petróleo, por exemplo – subiu R$ 1,956 bilhão, para R$ 37,876 bilhões.

Ainda nas receitas não-administradas, no entanto, a estimativa de ganhos com dividendos de empresas estatais caiu R$ 556 milhões, para R$ 8,836 bilhões.

Nas receitas administradas – obtidas pelo recolhimento de tributos -, as maiores quedas ocorreram nas estimativas de arrecadação da Cofins, com redução de R$ 3,868 bilhões, e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), com recuo de R$ 2,082 bilhões.

A projeção de recolhimento de Imposto de Renda (IR) também ficou R$ 1,923 bilhão menor. Por outro lado, o governo espera arrecadar R$ 1,301 bilhão a mais com o Imposto de Importação.

Medidas Provisórias editadas pelo Palácio do Planalto nos últimos dias ajudaram na recuperação de receitas para este ano. A MP 778, que possibilita o parcelamento de débitos previdenciários de Estados e municípios terá um impacto de R$ 2,2 bilhões.

Já a MP 780, para a regularização de dívidas não tributárias junto às autarquias federais possibilitará um aporte de R$ 3,38 bilhões aos cofres do governo em 2017.

 

PREVIDÊNCIA

O governo reduziu em R$ 4,661 bilhões a previsão de déficit da Previdência em 2017. A nova previsão de rombo nas contas do INSS é de R$ 184, 170 bilhões, ante R$ 188,832 bilhões estimados em março.

A reestimativa leva em consideração um aumento de R$ 3,862 bilhões na previsão de receitas com a arrecadação da contribuição à Previdência e uma redução de R$ 798,9 milhões na estimativa de despesas com o pagamento dos benefícios previdenciários.

 

Fonte: Diário do Comercio

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