Fábio Assunção resolve quebrar o silêncio e revela a história por trás do seu vício em drogas.

O País acompanha há anos a exposição pública de polêmicas e do drama vivido pelo ator famoso desde que estrelou “Meu Bem, Meu Mal”, em 1990.

Por causa de seu envolvimento com drogas, foi afastado de duas novelas. Na primeira vez, em 2008, deu início a uma série de internações em clínicas de reabilitação, inclusive em instituições internacionais.

“Demorei a aceitar que tinha um vício e esse é o primeiro passo. Tinha medo de ser criticado e visto como uma referência negativa”, disse em entrevista ao “Fantástico” (Globo), em 2009.

O ator Fábio Assunção resolveu quebrar o silêncio e falou sobre o seu vício em drogas em uma entrevista com a revista Trip. Ele confessou que trava uma luta diária contra a dependência química e lamentou não ter privacidade em seu tratamento, que foi iniciado no ano de 2008, quando a polêmica do seu vício vazou na imprensa.

Veja o que ela falou sobre seus vícios:

“A primeira vez que achei que as coisas estavam saindo do meu controle, em 2008, fui ao AA (Alcoólicos Anônimos). Estava me sentindo envergonhado, muito preocupado com as pessoas saberem. Cara, na hora que eu saí, tinha um paparazzo do lado de fora”, revela Fábio, que atuava em Negócio da China.

“Então, eu nunca tive a possibilidade de viver esse processo com privacidade”, completou ele, dizendo o que leva uma pessoa como ele a seguir esse caminho. “Se você está feliz, se está com saudade, se tem uma perda ou se acaba um relacionamento, tem que vivenciar isso e dói. Essas coisas…”, explica.

“Todo mundo sente o impacto desses sentimentos, não são sentimentos fáceis. Então acho que (fazer uso de substâncias químicas) foi uma forma de não sentir, uma coisa que eu não tinha preparo para me relacionar”, explica o galã da Globo.

“As pessoas sofrem por várias razões, por medo, ou porque são eufóricas, ou porque são deprimidas, ou porque sentem muita raiva. O equilíbrio é você aprender a lidar com essas forças a seu favor e a favor do mundo”, conta.

“Essa não é uma questão exclusiva das pessoas que têm ou tiveram histórico de uso de alguma substância, seja ela lícita ou ilícita, porque tem muita gente que desenvolve dependência de substâncias lícitas. A gente está aprendendo, não é uma resposta que só eu preciso encontrar”, reflete.

Ele também sobre política, sobre a hipótese de fazer parte da comissão que discute a política de drogas.

“Tive um convite do Lula, numa conversa que tivemos em um jantar. Ele queria formar uma comissão para discutir política de drogas e queria que eu participasse. Falei que sim”, revela.

“O Brasil tem muito o que mudar nessa área, que é muito central. Se jogar a droga na ilegalidade, ela vira um instrumento de extermínio. É muito pesado o que falei, mas o que o Dória fez na Cracolândia foi uma violação de direitos humanos flagrante, uma coisa absurda”, completa.

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