Clínica Municipal de Reabilitação: conheça o serviço de tratamento de feridas crônicas

Com três meses em pleno funcionamento, a Clínica Municipal de Reabilitação Dr. Sebastião Castro já conseguiu mudar a vida de muitas pessoas que dependem do serviço público de Saúde. Facilita a vida de quem tinha dificuldades de deslocamento para outras cidades em busca de tratamento, além de ter avanços significativos nos tratamentos que realiza.

 

Entre os serviços oferecidos pela Clínica Municipal, há o tratamento de feridas crônicas com tempo superior a 60 dias ou de difícil cicatrização. Segundo a angiologista, Thayane Guimarães, em pouco mais de 90 dias de atendimento, já foram realizados mais de 1300 atendimentos, consultas, exames e curativos. Foram admitidos mais de 130 pacientes no serviço vascular, com uma rotatividade de até 60 atendidos por dia. Ela explica: “Temos fixos uma média de 100 pacientes com feridas crônicas em membro inferiores, em região sacral. Alguns com histórico de feridas já com cinco anos e até mais. Conseguimos tratar e dar alta a mais ou menos 30 pacientes, dentre os quais alguns que tinham ferida há mais de 20 anos”.

 

O sucesso do tratamento feito pela clínica está no tratamento diferenciado. A frequência semanal dos pacientes no serviço é entre 2 a 3 dias por semana, definidos pela equipe a depender do tipo e extensão da ferida. Todos eles são acompanhados pelo quadro de enfermagem nos cuidados e limpeza da ferida e na assistência médica especializada na área de angiologia, para acompanhamento e prescrição dos curativos especiais, que são específicos para esta finalidade e possuem maior eficácia na cicatrização das lesões da pele. A angiologista afirmou: “não tratamos apenas as feridas, mas a patologia base daquela ferida”.

 

Quem precisa do serviço tem se mostrado bastante satisfeito. É o caso de dona Ivonete Alves dos Santos, de 70 anos. Ela é moradora do bairro Santa Terezinha e vinha sofrendo com uma ferida na perna há mais de um ano. Ela contou que, quando procurou a Clínica, mal conseguia dormir com o incômodo que a ferida causava e que, agora, já está bem melhor. Ela lembra: “no primeiro tratamento eu já vi a diferença. Hoje eu já durmo e, graças a Deus, eu creio que vou ficar bem. Vale muito a pena. Se eu soubesse que era assim, já tinha vindo há mais tempo”.

 

Quem também comemora é seu Dionísio de Araújo, morador do bairro Santa Cruz. Ele tem 76 anos de idade e machucou a perna trabalhando no roçado. A ferida inflamou, cresceu e atingiu o tendão, impedindo-o de continuar a fazer o que mais gosta que é trabalhar na roça. Depois de 60 dias de tratamento na clínica, ele comemora: “Estou tão feliz, porque antes eu estava desesperado. Agora estou quase são. Estou bom de ir para a roça”. Seu Dionísio ainda teceu elogios sobre a equipe da Clínica: “Eles nos tratam muito bem, estão de parabéns. Aqui nos sentimos bem. Estou feliz porque eles cuidam bem, tratam bem. É uma coisa fora de série”.

Segundo a coordenadora da clínica, Bruna Ribeiro Alves, o serviço na atenção especializada do tratamento de feridas crônicas constitui um grande avanço da gestão atual. Para ela, esse avanço conta com um ponto essencial: “é a implantação de medidas que visam à prevenção de agravos como amputações, internações recorrentes e até possíveis óbitos destes pacientes”.

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