Vídeo:O ídolo do Vasco da Gama Roberto Dinamite,convida os torcedores para um jantar em Vitória da Conquista.

Foi dado o pontapé inicial para o Jantar Futebol Clube e o primeiro convidado será Roberto Dinamite. O ídolo do alvinegro cruzmaltino vem relembrar os melhores momentos de sua carreira junto aos fãs em um jantar de alta classe.

DIa 28 de Setembro no Culinária Grill.

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Realização: Barbearia Futebol Clube

 

Relembre sua história no futebol brasileiro:

O menino Carlos Roberto de Oliveria, começou sua carreira no Esporte Clube São Bento, time do bairro onde morava. CAos 12 anos já era destaque e artilheiro do time. Sua habilidade e faro de gol chamou a atenção de Gradim, olheiro do Vasco da Gama e, em 1969, Roberto aportou no clube da Colina para treinar em suas categorias de base. Em apenas um mês foi jogar no time juvenil e após um ano já havia marcado 46 gols com a camisa vascaína.

Os profissionais do Vasco da Gama fizeram um trabalho muscular com Roberto, que o fez ganhar 15 quilos em um ano, transformando-o em um atleta mais forte e capaz de enfrentar os zagueiros adversários. Com isso, em 1970, foi artilheiro do Campeonato Carioca juvenil, marcando 13 gols.

O técnico Mário Travaglini, vendo o desempenho e a evolução da jovem promessa, levou Roberto para os profissionais que disputariam o Campeonato Brasileiro de 1971.

Roberto fez sua estréia no time profissional com apenas 17 anos. No dia 14 de Novembro de 1971, numa partida contra o Bahia. Ele substituiu o jogador Pastoril no intervalo do jogo. O Vasco perdeu por 1 a 0, mas era só o começo da história de um grande artilheiro.

Já na partida seguinte, contra o Atlético Mineiro, Roberto foi escalado como titular. No dia anterior a essa partida, os jornalistas Eliomário Valente e Aparício Pires do Jornal dos Sports, ambos vascaínos, publicaram a manchete: “Vasco escala garoto-dinamite”. Divulgavasse ai o apelido que vinha da época de juvenis e que acompanhou e caracterizou Roberto por toda a sua carreira.

No dia 28 de Novembro de 1971, o Vasco enfrentava o Internacional de Porto Alegre no Maracanã e vencia por 1 a 0. Na segunda etapa, o treinador Admildo Chirol sacou Gilson Nunes, colocando Roberto em seu lugar. Em seu primeiro lance no jogo, Roberto driblou quatro adversários e chutou no canto esquerdo esquerdo do goleiro. O seu primeiro gol como profissional foi um golaço. Na manhã seguinte Jornal dos Sports publicou: “Garoto Dinamite Explodiu!”. A partir de então, Roberto, era definitivamente “Dinamite” e firmou-se na equipe titular.

O seu primeiro grande título pelo Vasco foi também o principal. Em 1974, Dinamite foi fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro. Foi o artilheiro da competição com 16 gols, confirmando assim a sua vocação para balançar as redes. A conquista do título e a artilharia o colocou de vez na posição de principal ídolo da torcida cruzmaltina.

As boas apresentações de Roberto só poderiam levâ-lo à seleção, e sua primera convocação veio em 1975. Estreiou na derrota para o Peru por 3 a 1, no dia 30 de setembro de 1975, no estádio do Mineirão, em jogo válido pela Copa América. Dinamite começou como titular, sendo depois substituído por Reinaldo.

Em 1976, o Brasil foi convidado para participar de um torneio quadrangular em homenagem ao Bicentenário da Independência dos Estados Unidos. Participaram também a seleção americana (anfitriã), a Inglaterra e a Itália. Roberto foi um dos grandes nomes da competição. A Seleção Brasileira sagrou-se campeã com dois gols de Roberto em três partidas. O primeiro foi o da vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra e o segundo na goleada de 4 a 1 sobre a Itália.

Em 1977 mais um título pelo Vasco, dessa vez o Campeonato Carioca. O time de São Januário venceu os dois turnos da competição, sendo que no segundo turno foi necessário um jogo extra com o arqui-rival Flamengo. A partida terminou 0 a 0 no tempo normal e foi decidida nas penalidades máximas a favor do Vasco, por 5 a 4. Roberto marcou 25 vezes nesse estadual.

Em 1978, Roberto Dinamite foi convocado para a Copa do Mundo realizada na Argentina. Começou a competição na reserva de Reinaldo, mas após dois empates do Brasil, contra a Suécia (1 a 1) e a Espanha (0 a 0), Dinamite ganhou a posição de titular e fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre Áustria, garantindo a classificação do Brasil para a fase seguinte. Roberto considera esse gol como o mais importante com a camisa canarinho: “Estava esquecido por toda a imprensa e torcida há mais de 20 dias. Mas, com o gol que fiz contra a Áustria, voltei a ser aclamado como ídolo do povo brasileiro de um dia para o outro. Foi sensacional”.

Roberto marcou mais duas vezes na Copa, ambos contra a Polônia, na vitória brasileira por 3 a 1. O Brasil acabou a competição invicto, mas na terceira colocação. Não ter conquistado a Copa na Argentina foi a grande frustração de Dinamite. Certa vez declarou: “A maior tristeza na minha carreira foi a maneira como fomos desclassificados do Mundial de 1978, na Argentina. Estávamos invictos, mas fomos eliminados com a derrota do Peru por 6 a 0 para a Argentina”.

Vale ressaltar que no mesmo ano da Copa, o centroavante da seleção e do Vasco foi artilheiro do Campeonato Carioca com 19 gols.

A fama de Roberto atravessou o oceano e chegou a Europa, despertando o interesse do Barcelona da Espanha. Numa negociação muito rentável para o Vasco, o ídolo cruzmaltino foi defender as cores azul-grená da equipe da Catalunha, mas sua passagem por lá foi frustrada.

Roberto foi contratado para ocupar o lugar do austríaco Hans Krankl, ídolo e artilheiro do Barça. Krankl havia sido dispensado por desavenças com o treinador Ladislao Kubala.

A estréia de Dinamite foi excelente, marcando dois gols na partida, mas logo os problemas começaram. O técnico Joaquín Rife, que havia solicitado a sua contratação, foi substituido após três rodadas por Helenio Herrera. O novo treinador não deu muitas oportunidades para o atacante brasileiro, que quando entrava também não conseguia corresponder a expectativa da torcida. Muito cobrado e com poucas chances Roberto não se sentia bem na Espanha.

Manifestou a vontade de voltar ao Brasil e contatou o Vasco, que a princípio não mostrou muito interesse. O presidente do Flamengo, Márcio Braga, sabendo da situação do centroavante, tentou contratá-lo para defender as cores rubro-negras. Ao saber da investida do arqui-rival, a torcida vascaína não adimitindo que Roberto vestisse as cores do Flamengo, pressionou a diretoría do clube. Após apenas três meses no futebol espanhol, Dinamite retornava ao Vasco.

A primeira partida de Roberto após a volta ao futebol brasileiro foi contra o Náutico, mas o jogo que marcou para sempre foi o seu retorno ao Maracanã, o primeiro frente a torcida do Vascão. No no dia 5 de maio de 1980, Vasco e Corinthians se enfrentaram e 110 mil pessoas foram recepcionar Roberto Dinamite. Não podería ser melhor. O Vascou venceu por 5 a 2, com cinco gols de Roberto. Uma atuação incrível. Após a partida, um jornalista espanhol que acompanhava o jogo publicou: “Esto, sí, es lo verdadero Dinamita”.

Em 1981, Roberto foi protagonista de uma das finais de Campeonato Carioca que ficaram para a história. No apagar das luzes da competição, o Vasco precisava vencer o Flamengo três vezes para chegar ao título. A equipe rubro-negra era uma máquina de jogar futebol que dificilmente sofria uma derrota, quanto mais três. Pois que na primeira partida o Vasco venceu por 2 a 0, os dois tentos marcados por Roberto Dinamite. Na segunda, parecia que tudo estava perdido. Debaixo de muita chuva o Vasco empatava em 0 a 0 com o Flamengo. Aos 40 minutos da segunda etapa, a torcida flamenguista já gritava “é campeão” a plenos pulmões, mas quem joga contra um time que tem Roberto Dinamite como centroavante não pode se precipitar na comemoração. Aos 42 minutos uma bola sobrou na entrada da área e Roberto chutou no canto, calando literalmente a torcida adversária, levando ao delírio a nação vascaína e forçando a até então inesperada terceira partida. No terceiro jogo, o Flamengo venceu por 2 a 1 e ficou com o título, nesse que ficou conhecido como “o jogo do ladrilheiro”, devido a invasão de campo de um torcedor rubro-negro no momento em que o Vasco pressionava pelo empate, atrapalhando as pretensões cruzmaltinas. Roberto Dinamite acabou como artilheiro do campeonato com 31 tentos assinalados. No ano foram incríveis 62 gols marcados, o recorde de sua carreira.

Em 1982 veio a revanche em cima do Flamengo. Com uma vitória de 1 a 0 na partida final, o Vasco ficou com o título de Campeão Carioca.

Esse também foi um ano de Copa do Mundo e Roberto à pricípio não estava relacionado pelo técnico Telê Santana para disputar o mundial na Espanha, porém a má condição física de Reinaldo e a contusão de Careca fizeram o treinador levar Dinamite. Roberto ficou toda a Copa na reserva de Serginho Chulapa e não pôde ajudar o Brasil dentro de campo. A seleção foi eliminada com Chulapa perdendo gols incríveis e deixando a sensação de que, se Roberto tivesse jogado, a história poderia ter sido outra.

Em 1984 Roberto e seus companheiro chegaram perto de mais um título de Campeonato Brasileiro, mas após grande campanha, perderam a decisão para outro grande rival, o Fluminense, em final histórica jogada em duas partidas no Maracanã lotado. O Vasco não levou o título, mas Roberto foi mais uma vez o artilheiro do campeonato, dessa vez com 16 gols.

Como de costume, Roberto foi de novo artilheiro, dessa vez do Campeonato Carioca de 1985, balançando a rede doze vezes. Nesse campeonato iniciou uma parceria de ataque com o então jovem e promissor Romário. Essa dupla super talentosa, que mesclava juventude e experiência, ajudou o Vasco a vencer mais dois títulos estaduais em 1987 e 1988.

Ficou no Vasco até 1989 quando, já veterano, foi convidado para jogar na Portuguesa de Desportos para a disputa do Campeonato Brasileiro. Roberto aceitou e deixou nove vezes a sua marca de artilheiro defendendo as cores da Lusa. Foi com a camisa da Portuguesa que Dinamite, tornou-se o maior artilheiro da história da competição. No final dos seis meses de contrato a diretoría da Portuguesa tentou a renovação, mas o craque retornou para o Vasco.

Em 1991, já muito próximo do fim da carreira, Roberto saiu mais uma vez do Vasco, dessa vez para defender o pequeno Campo Grande do Rio de Janeiro. O time da zona oeste conseguiu a excelente 5ª colocação do estadual e Roberta teve atuação destacada.

Voltou ao Vasco para encerrar a carreira, não sem antes ajudar o clube a conquistar o seu primeiro título da escalada do primeiro tri-campeonato da história cruzmaltina. Roberto encerrou a sua carreira em 1993, aos 39 anos de idade, campeão e jogando pelo clube que o revelou.

Roberto Dinamite era um centroavante completo, que mesclava força, colocação, técnica e inteligência. Foi um grande cobrador de faltas e pênaltis, o que o ajudou a marcar tantas vezes na carreira. É até hoje o recordista de gols em Campeonatos Brasileiros, com 190 tentos, e em Campeonatos Cariocas com 279. Terminou sua carreira com uma média de 36 gols por temporada. É o maior goleador da história do Vasco da Gama, com 702 gols. No total, balançou as redes adversárias 727 vezes, sendo um dos maiores artilheiros da história do futebol. O IFFHS o considera o quinto maior goleador do futebol mundial em campeonatos nacionais de primeira divisão, com 470 gols em 758 jogos.

Nome: Carlos Roberto de Oliveira

Nascimento: 13/04/1954

Local: Duque de Caxia/RJ, Brasil

Posição: Centro-Avante

Clubes:

1970/1979: Vasco da Gama

1979/1980: Barcelona

1980/1989: Vasco da Gama

1989: Portuguesa

1989/1991: Vasco da Gama

1991: Campo Grande

1992/1993: Vasco da Gama

Seleção:

1975/1984: Brasil

Copas do Mundo:

1978 e 1982 (Partidas – 5 / Vitórias – 4 / Empates – 1 / Derrotas – 0 / Gols – 3

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