Prefeitura alerta sobre aumento da infestação do Aedes aegypti e orienta população sobre cuidados

 

 

As equipes de agentes de combate às endemias estão atuando de forma intensificada nos bairros e loteamentos do município onde os índices de infestação do mosquito Aedes aegypti estão mais altos, conforme os resultados obtidos no último Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2022, realizado no mês de abril.

Além do trabalho nas áreas de maior infestação, para controlar os focos de reprodução do mosquito, os agentes também estão atuando atendendo as denúncias da população, nos bairros onde o trabalho focal foi feito há mais tempo, e nos pontos estratégicos como borracharias, ferro velhos, hospitais, Deserg, Cemae, Estádio Lomanto Júnior, Polícia Rodoviária, Polícia Federal, Disep, entre outros.

Mesmo com esse trabalho diário dos agentes, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) diz que o controle do mosquito, causador de dengue, chikungunya e zika, depende dos cuidados que os moradores tiverem. O Aedes aegypti não precisa de muita água para se multiplicar, a ameaça pode estar no jarro de flores que enfeita mesa ou na garrafa que a pessoa deixa debaixo da pia ou no quintal depois do churrasco ou da comemoração.

Por isso, a população, principalmente quem reside nas regiões que registraram índices altos de infestação, tem o dever de manter os cuidados domésticos, evitando caixas d’águas abertas, o acúmulo de água em pequenos recipientes e vasos de plantas, ou descartar o lixo em horário e locais inadequados. Ações simples como colocar areia no pratinho ou na vasilha onde está o vaso da plantinha e trocar a água de animais domésticos todo dia são muito eficientes no combate ao mosquito e na prevenção da dengue, chikungunya e zika.

Pequenas amostras de água são coletadas nas residências para realizar o levantamento

Acima de 14%
O levantamento de abril apontou um índice geral de infestação de 2,7% em Vitória da Conquista, classificado como um risco de alerta, que está entre 1% e 3,9%. Se comparado ao LIRAa anterior, divulgado no mês de dezembro de 2021, que teve o índice de 2,2%, o aumento foi de 0,5 ponto percentual. Entre os 77 bairros e loteamentos do perímetro urbano visitados, 16 apresentaram índice de infestação de alto risco, acima de 3,9%. Os maiores foram registrados no Bem Querer (14,2%), Vila Marina (12,5%), Urbis VI (11,4%), Bruno Bacelar (8,2%), Cruzeiro (7,8%) e Ibirapuera (7,0%).

Para o LIRAa, as equipes do Centro de Controle de Endemias fizeram a inspeção de 6.408 residências e estabelecimentos dos 77 bairros e em 174 residências selecionadas foram encontrados focos de larvas do mosquito, o que equivale ao índice geral obtido.

A coordenadora de Controle de Endemias, Gabriela Andrade, explica que esse aumento já era esperado devido as chuvas que ocorreram no início do ano e as altas temperaturas do verão, que favorecem a reprodução do Aedes aegypti. “Estamos empenhados em desenvolver as ações de bloqueios nas áreas de maior infestação no município, além de continuarmos o trabalho focal para controlar a propagação do vetor. Estamos trabalhando com afinco para não chegar em classificação de risco alto, acima de 4%”, afirmou a coordenadora.

Até o momento, o Centro de Endemias registrou 1.776 notificações suspeitas de arboviroses no município, com 240 confirmadas, das quais 88 foram confirmadas laboratorialmente para dengue, 147 para chikungunya e cinco para zika. Outros 565 casos foram descartados laboratorialmente para essas doenças, 363 tiveram resultados inconclusivos e 601 pessoas aguardam o resultado laboratorial. No mesmo período do ano passado, foram registradas 81 casos dessas arboviroses.

Para fazer denúncias ou solicitar a visita dos agentes de endemias, entre em contato com Centro de Controle de Endemias pelo (77) 3429-7421.

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