Brasil empata sem sal na estreia de Ancelotti: será que o problema tá no banco ou em campo?

A tão aguardada estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira terminou em decepção. O placar? Um insosso 0 a 0 contra o Equador. O futebol? Tão sem tempero quanto o resultado.

A torcida esperava um espetáculo, um novo Brasil, um time com a cara do treinador multicampeão europeu. Mas o que se viu foi uma seleção apática, com pouca aposta de bola, criatividade travada e sem nenhuma fome de vitória. A Amarelinha, que já brilhou tanto, parece ter perdido o brilho — e o brilho não se encontra em esquema tático, mas em atitude.

Do outro lado, o Equador cresceu. Ganhou confiança, tomou conta do meio-campo e encurralou a Seleção em vários momentos. E olha que estamos falando de uma equipe que, historicamente, sempre respeitou demais o Brasil. Mas ontem, esse respeito passou longe.

E aí fica a pergunta que não quer calar: será que o problema está no técnico ou nos jogadores? Porque uma coisa é certa — alguma engrenagem está emperrada. Ancelotti parece perdido com a camisa verde e amarela. E os jogadores? Alguns pareciam estar ali só de passagem, com o espírito de amistoso num jogo que pedia sangue nos olhos.

O Brasil precisa urgentemente de alma. Porque talento a gente sabe que tem. Mas sem vontade, sem entrega e sem tesão pelo jogo, nem o melhor técnico do mundo vai fazer milagre.

Ancelotti, bem-vindo ao caldeirão do futebol brasileiro. Aqui, paciência dura menos que um drible mal dado. Ou dá liga logo… ou vai ouvir o grito da arquibancada virar cobrança.