
Dirigir em Vitória da Conquista tem se tornado um verdadeiro desafio — e o problema não é o trânsito em si, mas o comportamento de grande parte dos condutores. A maioria parece acreditar que a rua foi feita exclusivamente para eles. Carro pequeno, moto, caminhão… não importa o veículo: o ego ao volante é maior que o bom senso.
É comum ver motoristas ocupando duas faixas como se estivessem sozinhos na cidade. Motos costurando entre os carros sem o menor cuidado. Setas? Só enfeite. Dar passagem pra outro veículo fazer uma conversão? Raridade. Respeitar o pedestre? Só se for pra buzinar mandando ele correr.
E não adianta culpar a fiscalização. O problema não está nos agentes de trânsito — esses, aliás, têm feito seu trabalho dentro do possível. O maior problema está atrás do volante. Está na falta de empatia, de educação, de respeito. O trânsito de Conquista é um reflexo do motorista que acha que pode tudo.
Vitória da Conquista já não é roça há muito tempo. Estamos falando da terceira maior cidade da Bahia, com quase 400 mil habitantes. E ainda assim, o comportamento de muitos condutores lembra o tempo em que bastava um aceno com a mão pra resolver o trânsito. Hoje, o que falta é consciência.
Talvez o caminho seja a reciclagem anual para todos os motoristas. Sim, todos. Porque tem muita gente dirigindo por aí que parece ter esquecido completamente as regras mais básicas de convivência no trânsito. O volante, infelizmente, virou arma na mão de quem não sabe o que está fazendo — ou pior, sabe e não se importa.
Vitória da Conquista merece um trânsito mais civilizado. Mas enquanto o orgulho falar mais alto que a consciência, vamos continuar vendo as mesmas cenas: buzina, imprudência, e o caos sendo tratado como normal.




