A publicitária carioca Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24) após permanecer quatro dias presa em um penhasco dentro do vulcão Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia .
Juliana caiu de cerca de 300 metros de altitude na madrugada de sexta-feira (20), durante uma trilha noturna rumo ao cume, em uma área considerada atraente, porém de difícil acesso . Ela foi avistada por drones na segunda (23), fixa a cerca de 500 metros abaixo da trilha principal, em um paredão íngreme .
Apesar de equipes de busca tentarem o resgate com drones e alpinistas experientes — inclusive há relatos de que dois escaladores se juntaram à operação — as condições adversas (neblina, solo instável, acesso difícil e falta de helicóptero adequado) impediram o salvamento a tempo . O terreno instável chegou a dificultar o uso de cordas, obrigando as equipes a recuar após tentar avançar 250 m .
A família de Juliana utilizou redes sociais para expressar revolta com a lentidão dos trabalhos e relatar informações desencontradas, como relatos falsos de estadia com comida e calor naquela região remota . O Itamaraty e a embaixada do Brasil em Jacarta acompanharam o caso de perto, solicitando agilidade nas operações .
Sobre o Monte Rinjani
Com 3.726 m de altitude, o Rinjani é o segundo pico mais alto da Indonésia e possui o lago crateral Segara Anak. A região é famosa entre trekkers, mas também palco de acidentes frequentes devido ao terreno traiçoeiro e clima instável .
