
E se vier um carro? Ah, paciência…
Vitória da Conquista está ficando cada vez mais musical ,não por causa de alguma programação cultural, mas porque todo mundo anda com o fone no ouvido… até na hora de atravessar a rua. E a trilha sonora da vez tem sido o barulho de freada, buzina e coração acelerado.
Na estação de transbordo da Av. Lauro de Freitas, no centro da cidade, virou cena diária: pedestres saindo da estação, que é toda fechada, e já pulando direto na faixa de pedestres, como quem pula da cama pra um show. Sem olhar pros lados, sem sinalizar, sem dar chance pro motorista reagir.
E olha que não é por falta de estrutura. A faixa está lá, bonitinha. As placas também. Campanhas educativas? A prefeitura já fez de tudo: vídeo, teatro, faixa, panfleto… mas tem coisa que nem a prefeitura consegue resolver. Porque quando a pessoa tá distraída, achando que a faixa é mágica e que o carro vai parar por osmose, não há campanha que funcione.
O problema tem nome e sobrenome: distração urbana crônica. Celular na mão, fone no ouvido, foco em qualquer coisa — menos no trânsito. Atravessam como se fossem invencíveis. E quando acontece um acidente, a culpa quase sempre vai parar no colo do motorista, que nem viu o pedestre chegando.
A verdade é que respeito no trânsito é uma via de mão dupla. Motoristas têm a obrigação de parar — mas pedestres têm a obrigação de se fazer ver. Afinal, ninguém está no controle de um carro com superpoderes. Se o pedestre não colaborar, o risco de acidente é real.
Resumo da faixa:
Atravessar ouvindo música não é problema. O problema é esquecer que do outro lado do fone tem um mundo com carros, motos, e vidas em risco. Se a cabeça não sair da playlist, não tem pintura de faixa nem reza brava que dê conta
 
        












